quarta-feira, junho 27, 2007

Cientistas dizem que é possível recriar genoma do neandertal

Pesquisadores que estudam o DNA do homem de neandertal afirma que deve ser possível construir um genoma completo do antigo hominídeo, a despeito da degradação dos vestígios ao longo do tempo. Também há esperança de se reconstruir o genoma do mamute e o urso das cavernas.
Há um debate acalorado sobre se existe parentesco entre o neandertal e o homem moderno. Alguns pesquisadores acreditam que o homem de neandertal simplesmente foi substituído pela humanidade contemporânea, enquanto outros dizem que os grupos podem gerado descendentes em comum.
O sequenciamento do genoma do neandertal, espécie que viveu na Europa até cerca de 30.000 anos atrás, poderia lançar luz sobre a questão.
Em estudos do neandertal, do mamute e do urso das cavernas, a maior parte do DNA recuperado vem de microorganismos que colonizaram os corpos após a morte, dizem pesquisadores.
Mas eles foram capazes de identificar parte do DNA do cadáver original, e Paabo e seus colegas conseguiram determinar como as moléculas se quebraram ao longo do tempo. Eles também desenvolveram procedimentos para evitar contaminação por DNA dos humanos que trabalhavam manuseando o material.
"Estamos confiantes de que a obtenção de uma sequência de genoma neandertal confiável é tecnicamente factível", afirma o artigo de Paabo e colegas.
"A contaminação e degradação do DNA tem sido uma questão séria pelos últimos dez anos", disse Erik Trinkaus. "Esta é uma tentativa séria de enfrentar a questão, e é bem-vinda".
"Não tenho certeza de que tenham resolvido totalmente o problema, mas deram um grande passo na direção correta", disse ele.


Descobertos restos de pinguim gigante de 40 milhões de anos

Pinguins gigantes caminhavam pelo território que, atualmente, corresponde ao Peru há Amis de 40 milhões de anos, muito antes do que os cientistas acreditavam.
Mais conhecidos por sua presença na Antártida, os pinguins da actualidade vivem em diversas ilhas do Hemisfério Sul, chegando até perto do equador. Mas pesquisadores não acreditavam que essas aves tivessem chegado as regiões mais quentes antes de 10 milhões de anos atrás.
Agora, artigo informa a descoberta de restos de dois tipos de pingüins no Peru, datados de 40 milhões de anos atrás. Um dos animais era um gigante de 1,5 metro, com um longo bico pontiagudo.
Os cientistas mostraram-se surpreendidos com esta descoberta: "Esta é a mesma idade dos primeiros pinguins na América do Sul. O único outro registro no continente, dessa época, é do extremo sul do continente"; "As novas descobertas indicam que eles atingiram as regiões equatoriais muito antes do que se pensava anteriormente".
O pássaro gigante é muito maior que qualquer outro pingüim conhecido na atualidade, e o terceiro maior já registrado.


sexta-feira, junho 15, 2007

DNA não opera só por meio dos genes, diz estudo

A ideia básica por trás do genoma humano - de que os genes são transcritos por moléculas de RNA mensageiro e estes codificam proteínas que então controlam todas as funções do organismo - há alguns anos vem sofrendo abalos. Agora um novo estudo confirma que o funcionamento do DNA é muito mais complexo.
Os genes definitivamente não são tudo. Outros elementos estão em acção. A má notícia, no entanto, é que ainda não se descobriu exactamente como o genoma opera.
O problema da fórmula mágica, conhecida como dogma central, é que a quantidade de sequências de letras que leva à produção de proteínas é de apenas 1% do genoma. Temos só 30 mil genes, número que surpreendeu os cientistas quando o genoma humano foi codificado, em 2003, justamente por ser pequeno demais.
O arroz, para se ter uma ideia, tem 50 mil. Mesmo assim, por algum tempo se imaginou que todo o resto do genoma não tinha função nenhuma e ele recebeu o desonroso nome de DNA-lixo.
Aos poucos, no entanto, geneticistas começaram a observar que esse “lixo” tem um papel nas doenças genéticas. Eles viram que não apenas mutações em genes podem levar a problemas, como alterações nas letras (A, T, C e G) desses longos trechos também podem ser danosas.
A comprovação de que todo o genoma tem mesmo alguma função veio agora nos primeiros resultados do megaprojeto Encode.
O trabalho conduzido por 35 equipes de pesquisadores analisou com várias técnicas 1% do genoma humano e mostrou que praticamente o DNA inteiro é transcrito.
Ou seja, em vez de as moléculas de RNA mensageiro apenas lerem os trechos que codificam proteínas, elas também lêem todo o resto. Aparentemente essas sequências que não são genes têm um papel regulatório essencial.


sábado, junho 09, 2007

Células embrionárias sem embriões, revela estudo

Os cientistas envolvidos na pesquisa conseguiram reprogramar células de pele de adulto para que elas se comportassem como células-tronco embrionárias, abrindo o caminho para acabar com os debates éticos sobre a investigação científica em embriões, pois a descoberta apresenta-se como uma alternativa para obter essas células em humanos sem destruir embriões.Reprogramar células de pele de roedor, tornando-as capazes de gerar qualquer tipo de tecido.A experiência foi feita com ratos de laboratório mas os cientistas querem agora reproduzir os mesmos resultados a partir de células humanas.As células estaminais embrionárias são células apenas presentes na fase embrionária da vida e que têm a capacidade de dar origem a qualquer tecido ou órgão que formarão o organismo. A descoberta destas células tem trazido novas esperanças para numerosas doenças como a diabetes, Parkinson ou lesões na espinal medula.

quinta-feira, junho 07, 2007

Genes de sete doenças graves detectados

Um estudo permitiu descobrir genes que aumentam o risco de sete doenças graves, mas muito comuns na população mundial. Ao todo foram analisadas amostras de ADN de 17 mil pessoas, o que permitiu a identificação de novas variantes genéticas para a depressão, doenças coronárias, diabetes de tipo 1 e tipo 2, doença de Crohn, hipertensão e artrite reumatóide.
Um dos genes detectados duplica o risco de doenças coronárias, tornando-se tão significativo, em termos de factor de risco, como níveis de colesterol alto.
Cada um dos novos genes descobertos aumenta a probabilidade de se vir a ter determinada doença, porém, os cientistas sublinham a importância de outros factores, como o estilo de vida.
Os cientistas estão também a tentar identificar genes no ADN humano responsáveis pelo aumento do risco de doenças como a tuberculose, cancro da mama e esclerose múltipla.


terça-feira, junho 05, 2007

Sapo fluorescente e 23 outras espécies são achadas no Suriname

Um sapo fluorescente de cor púrpura é uma das 24 novas espécies descobertas nos planaltos do Suriname contudo, são criaturas ameaçadas pelo garimpo ilegal.
A descoberta de tantas espécies fora classe dos insectos é extraordinária e aponta a necessidade de pesquisas em regiões distantes, uma vez que se encontrou muitas novas espécies de sapos e peixes também.
O sapo de duas tonalidades tem a pele coberta por traços fluorescentes numa cor púrpura-azulada, sobre um fundo na cor de berinjela. Foram, inclusive, encontradas, no mesmo local, quatro outras novas espécies de sapo, além do descrito acima, seis espécies de peixe, 12 besouros coprófagos e uma nova espécie de formiga.
Foram também encontradas 27 espécies nativa do Escudo das Guianas, que abrange Suriname, Guiana, Guiana Francesa e o norte do Brasil. Um deles era o raro peixe-gado com carapaça, que os ambientalistas temiam já estar extinto devido à contaminação provocada por garimpeiros num riacho onde a espécie havia sido vista pela última vez, há 50 anos.
Incluindo as novas espécies, os cientistas observaram 467 espécies, indo de grandes felinos, como panteras e pumas, até macacos, répteis, morcegos e insectos.


domingo, junho 03, 2007

A exploração dos recursos minerais em Portugal

A exploração dos recursos mineralógicos num qualquer território, pressupondo a sua existência, depende da tecnologia disponível, das facilidades de transporte, das possibilidades financeiras e da visão desenvolvimentista prevalecente no momento. O seu carácter não renovável, o impacte ecológico provocado pela sua extracção, a concorrência de outros locais com jazidas mais ricas e/ou de maior facilidade de operação, a instabilidade das cotações nos mercados internacionais, são factores de peso no aparecimento de obstáculos temporais à exploração destas riquezas.O recenseamento de recursos mineralógicos em Portugal revela uma grande dispersão, quanto à sua existência e variedade.A extracção de minérios metálicos vem de longínquos tempos; sabe-se, por exemplo, que os romanos exploraram, entre outras, algumas jazidas de ouro; mas actualmente o seu significado não é relevante. A actividade nas jazidas de minerais energéticos é muito antiga; mas o carvão que se extraía esteve sempre longe de ser, pela quantidade e qualidade, competitivo com outras jazidas, mesmo europeias. A produção máxima, em pouco ultrapassando as 600 000t/ano ocorreu em 1959, acompanhando um surto industrial que então se verificava e, embora as reservas tenham sido avaliadas em mais de 80 milhões de toneladas, pelos anos 90 do século passado já laborava uma só mina (Pejão), com uma produção da ordem das 200 000t/ano, actualmente encerrada. Portugal, com reservas de urânio relativamente importantes, em particular no centro interior, e destaque para as áreas de Viseu e Portalegre, foi um dos primeiros países a explorá-lo, logo após a sua descoberta nas jazidas da Urgeiriça, em 1907, embora o fizesse para extracção de rádio e o urânio fosse rejeitado como ganga. Só com o advento da II Guerra Mundial se dá valor a este recurso, matéria-prima para a energia nuclear, actualmente produzida por fissão dos seus átomos; a sua exploração, a princípio descontrolada, passou a ser, a partir de 1962, dirigida pelo Estado. Entretanto a exploração na Urgeiriça terminou, em sequência do encerramento da empresa em finais de 1993.Os minerais ferrosos, indispensáveis para diversas indústrias metalúrgicas e metalomecânicas, apresentam reservas consideráveis, nomeadamente em Moncorvo, Marvão, Cercal do Alentejo e na área de Cuba-Vidigueira; mas, mais uma vez, a qualidade pouco satisfatória torna a sua exploração de pouco interesse. Dos minerais não ferrosos mais importantes, como cobre, tungsténio, estanho e até ouro, só a exploração de pirites no Sul do País, para indústrias químicas, resistiu até aos nossos dias mas, mesmo assim, até a mina de Neves Corvo, uma das principais, já esteve fechada.Restam como actividades extractivas de sucesso, a exploração de rochas industriais e ornamentais principalmente ligadas à construção civil – granitos, xistos, calcários – que ganharam fama no estrangeiro e contribuem para melhorar o valor das exportações. O Alentejo é o maior produtor de rochas ornamentais, principalmente mármores e granitos. As águas minerais têm boas potencialidades de desenvolvimento, dada a riqueza e variedade de recursos, utilizadas nas estâncias termais e na alimentação, evidenciando-se o Norte e o Centro do Continente onde se registam perto de três quartos dos recursos hidrominerais.Apesar de uma base diversificada, a exploração de recursos mineralógicos tem um interesse económico
limitado, o mesmo acontecendo em relação ao valor estratégico, aqui, à excepção do urânio.


sábado, junho 02, 2007

Exploração dos recursos minerais

Eis algumas das explorações de recursos minerais em Portugal. Nelas é possivel ver não só a area envolvente mas também os escombros resultantes dessa mesma exploração...




Exploração de mármores em Borba...





Mina de sal-gema de Campina de Cima - Loulé...

Os pneus já não são procupação!!

O país produz anualmente cerca de 75 mil toneladas de resíduos de pneus. Até há poucos anos, os pneus usados representavam um dos grandes problemas ambientais do país, uma vez que eram abandonados ou queimados a céu aberto.Muitos pneus podem fazer parte do pavimento rodoviário numa mistura betuminosa que aproveita pneus em fim de vida.
Desde 1999, foram pavimentados mais de 300 quilómetros de estradas do País com betume que tem granulado feito a partir de 900 mil pneus usados. Este facto não tem vantagens só a nível ambiental,mas também as técnicas, de segurança, durabilidade e conforto, nomeadamente diminuição do ruído são vantagens destes pneusO granulado de borracha usado no betume é como que “reutilizado” na Recipneu onde, só no ano passado, foram recicladas 25 mil toneladas. A cada seis segundos, é processado um pneu. A tecnologia instalada utiliza um processo importado dos Estados Unidos, denominado processo criogénico. Os pneus passam pela moagem para ficarem em pedaços mais pequenos e entram depois num túnel com uma temperatura de cerca de 80 graus negativos. No final do processo, obtêm-se dois tipos de granulado. O mais fino é utilizado para fabricar o betume usado nas estradas; o granulado um pouco maior serve por exemplo para encher os campos desportivos de relva sintética. Noventa e cinco por cento deste produto são exportados para a Europa, África, Médio Oriente e Ásia. Até há poucos anos, os pneus em fim de vida constituíam um dos grandes problemas ambientais do País, com milhares de toneladas destes resíduos abandonadas à beira das estradas ou queimadas a céu aberto. Desde 2003, quando compramos um pneu, pagamos um valor que financia o sistema de recolha e de encaminhamento adequado. No caso dos pneus para automóveis ligeiros são 80 cêntimos a somar ao preço do pneu. A Valorpneu é a entidade que gere o sistema de recolha e destino final dos pneus usados. O objectivo recolher 95% dos pneus usados, recauchutar pelo menos 30% e valorizar o restante, sobretudo através da reciclagem, mas também através da valorização energética na indústria cimenteira.


Fonte:sic.sapo.pt/online/blogs/terraalerta?month=052007#Pneus%20usados

quarta-feira, maio 30, 2007

Descoberta nova espécie de lagarto sem pernas na Índia

Um zoólogo indiano disse ter descoberto uma nova espécie de lagarto, sem patas, numa área de floresta do leste do país. Um estudo científico preliminar revela que o lagarto pertence ao género Sepsophis.
O novo lagarto, de 20 centímetros de comprimento, parece uma cobra e prefere viver numa toca fria, solo macio e debaixo de pedras, o que é uma variedade nova para a ciência.
Lagartos e cobras têm um ancestral comum, mas hoje pertencem a duas diferentes ordens de animais. Cobras, ao longo da evolução, perderam suas patas, mas os lagartos sem patas de hoje não são serpentes.
O lagarto foi descoberto na região de Khandadhar.
Outros lagartos sem patas pertencem a diferentes famílias, e foram descobertos na Ilha Nicobar, no nordeste indiano, e nos Estados de Orissa e Andhra Pradesh. Os parentes mais próximos da nova espécie encontram-se no Sri Lanka e na África do Sul, de acordo com o pesquisador.


Chitas fêmeas são `promíscuas´, diz estudo na Tanzânia

Uma análise genética de chitas na Tanzânia, apontou que as fêmeas dessa espécie são "altamente promíscuas". Cientistas analisaram o DNA colectado de amostras de fezes de 176 chitas ao longo de nove anos.
Foi constatado que 43% de 47 ninhadas continham filhotes de pais múltiplos. Segundo um cientista, essas estatísticas poderiam ser ainda maiores. "Os filhotes de chitas sofrem de alta taxa de mortalidade nas primeiras semanas de vida então é difícil pegar amostras de todos eles”.
O facto de terem ninhadas com diferentes machos expõe as fêmeas a doenças, de acordo com os cientistas. Mas o comportamento também assegura a diversidade genética da espécie. "Se os filhotes são mais variáveis geneticamente isso pode permitir que eles se adaptem e se desenvolvam em diferentes circunstâncias", disse Gottelli.
As chitas (Acinonyx jubatus) são classificadas como uma espécie vulnerável. A população é estimada abaixo de 10 mil animais, que enfrentam ameaças como a perda de seu habitat e a caça clandestina.

CIENTISTAS DESCOBREM QUE GENE P53 É FACA DE DOIS GUMES NO COMBATE AO CANCRO

Oncologistas descobriram que um gene que se acreditava que auxiliava a quimioterapia a eliminar células cancerígenas, na realidade as ajuda a se proliferar.
Os cientistas indicaram que sua investigação revelou que 70% dos pacientes cujos tumores tinham mutações do gene p53 continuavam vivos cinco anos após o começo do tratamento.
Já aqueles com um gene normal tiveram uma taxa de sobrevivência de apenas 30%.
Segundo os cientistas, este descobrimento abre a possibilidade de uma nova estratégia na luta contra o cancro.
Esta consistiria no desenvolvimento de remédios que desactivariam o gene nos tumores de pacientes submetidos à quimioterapia.
Há muito tempo sabia-se que, na quimioterapia, o p53 era um factor-chave para propiciar a apoptose (autoaniquilação) das células atingidas pelo cancro.
Os cientistas afirmam que esta reparação das células cancerígenas é o que propicia um retorno da doença e acreditam que o gene p53 pode ajudar na recaída do cancro. Se estiverem correctos, inibir o p53 em tumores tratados com quimioterapia pode ajudar na sobrevivência de longo prazo dos pacientes de cancro.


sábado, maio 26, 2007

Investigadores portugueses identificam mutação genética associada ao cancro da mama

Investigadores portugueses identificaram uma mutação num gene associado ao cancro da mama hereditário, abrindo caminho a um diagnóstico mais rápido da doença, anunciou hoje a instituição.
A equipa de investigadores conseguiu identificar um tipo raro de mutação no gene BRCA2. Foi já identificada a mutação desse gene em 21 famílias portuguesas.No total, os investigadores estimam que 1200 pessoas sejam portadoras desta alteração genética, uma mutação que ocorreu num antepassado comum há centenas ou milhares de anos.Os especialistas trabalharam durante dois anos para identificar esta mutação genética, que vai permitir identificar imediatamente quais as famílias de alto risco.Esta descoberta pode ainda possibilitar um diagnóstico mais rápido da doença e levar a uma prevenção através de medidas cirúrgicas.O cancro da mama é o tumor maligno que mais afecta as mulheres portugueses e entre cinco e dez por cento do total de casos são hereditários.


Pegadas comprovam que dinossauros nadavam

Doze fósseis de pegadas de dinossauro, encontrados num lago a norte de Espanha, são a primeira evidência científica que comprova que alguns dinossauros conseguiam nadar.
O rasto de 14 metros de comprimento é constituído por seis pares assimétricos de pegadas, cada um com cerca de 50 centímetros de comprimento e 15 de largura. A distância entre cada pegada sugere que este dinossauro dava passos com um intervalo entre os 2,43 e os 2,71 metros, com uma profundidade de 3,2 metros.A equipa de paleontólogos acredita que o nadador é um Terópode, que engloba a grande família dos dinossauros carnívoros, incluindo o Tyrannosaurus rex, que habitou a região há 125 milhões de anos.Os vestígios de ondulação, existentes na superfície das pegadas, indicam que o dinossauro nadou contra a corrente. “O dinossauro nadava com movimentos alternados das duas patas traseiras” refere o co-autor do estudo, Loic Costeur.“Os movimentos são semelhantes aos usados pelos bípedes modernos, incluindo os pássaros aquáticos” refere-o Costeur. A possibilidade dos dinossauros nadarem foi levantada há vários anos mas, até agora, não existia qualquer evidência que o comprovasse. A descoberta abre caminho a novas investigações.

domingo, maio 20, 2007

Cientistas decifram genoma de macaco reso

Uma equipe internacional de pesquisadores determinou a sequência completa do genoma do macaco reso (Macaca mulatta), um dos animais mais importantes para o estudo de doenças humanas em laboratório. O bicho separou-se da linhagem que daria origem ao Homo sapiens há cerca de 25 milhões de anos, mas seu DNA ainda é 93% idêntico ao de uma pessoa -- e pode dar pistas valiosas sobre as principais características genéticas da humanidade.
As máquinas de seqüenciamento genético tiveram de ler 2,8 bilhões de "letras" químicas de DNA, o que indica que o genoma dos resos tem tamanho mais ou menos igual ao do humano.
Os resos, nativos da Ásia, são a terceira espécie de primata a ter seu genoma decifrado, depois dos humanos e de seus parentes mais próximos, os chimpanzés (cujo grau de semelhança connosco fica muito próximo dos 99%). E esse é um dos principais valores de obter o mapa genómico do Macaca mulatta: por ser um primo nem tão próximo e nem tão distante, ele funciona como termo de comparação para saber quando, ao longo da evolução, certas mudanças aconteceram na linhagem humana.
Suponha, por exemplo, que uma mutação apareça tanto em humanos quanto em chimpanzés, mas não entre resos: o mais provável, nesse caso, é que ela tenha surgido após a separação da dupla humano-chimpanzé, mas antes que esses dois se separassem. Já uma característica genética compartilhada por resos e humanos, mas não por chimpanzés, provavelmente indica que quem mudou ao longo do tempo foram os chimpanzés (e não humanos e resos independentemente).
Tudo isso significa uma nova janela para o entendimento da evolução humana, mas o genoma recém-sequenciado promete também frutos mais práticos. Os resos são muito usados para estudar a neurobiologia dos primatas e todo tipo de doença infecciosa. Foi graças ao bicho que os cientistas descobriram o fator Rh do sangue, muito importante na hora de fazer transfusões. Para testar vacinas contra SIDA ou gripe, por exemplo, os bichos são o principal alvo. E os dados do genoma devem tornar esse processo mais eficiente e preciso.

EQUIPE INTERNACIONAL DECIFRA O GENOMA DA ABELHA DOMÉSTICA

O insecto mais útil da Terra, e também um dos mais interessantes, deixou de ser um mistério genético. Porque acabou-se por determinar a sequência completa do genoma da abelha doméstica (Apis mellifera), com dados que devem transformar o insecto numa ferramenta fundamental para entender a evolução da complexa vida social dos insectos, sem falar na sua importância económica para o homem.
Aliás, a ligação com o homem é uma das partes mais intrigantes do trabalho. Diversos elementos do DNA das abelhas são mais parecidos com o do ser humano e o dos demais mamíferos e vertebrados, e diferentes dos outros insectos. A razão para isso, porém, ainda é um mistério, de acordo com os pesquisadores.
O papel dos pesquisadores da USP foi estudar como os dados do genoma podem explicar a divisão das abelhas em castas sociais muito bem delimitadas. As principais são as operárias, pequenas, estéreis e responsáveis por todo o trabalho pesado na colmeia, e as rainhas, muito maiores e absurdamente férteis, cujo papel é ser literalmente mães da colónia inteira.


Cientistas decifram genoma da cuíca

Uma equipe internacional de cientistas sequenciou pela primeira vez o genoma de um mamífero marsupial, a cuíca, num grande passo para o estudo do sistema imunológico e do cromossoma X, um dos responsáveis por determinar o sexo nos humanos e seus parentes mais próximos. Na pesquisa identificaram-se entre 18 mil e 20 mil genes, a grande maioria dos quais tem um equivalente nos mamíferos placentários, como o homem. Com a sequência do genoma da cuíca (Monodelphis domestica), marsupial nativo do Brasil e de outros países da América do Sul, os pesquisadores identificaram uma ampla gama de genes imunológicos, ligados ao sistema de defesa do organismo. Embora alguns genes sejam específicos desses animais, outros são compartilhados com mamíferos placentários. Segundo o estudo, as semelhanças estabelecidas indicam que os marsupiais, como os cangurus, coalas, cuícas e gambás, desenvolveram um sistema imunológico complexo quando se diferenciaram dos placentários, há cerca de 180 milhões de anos. Isso desmente a teoria de que os marsupiais teriam um sistema imunológico primitivo. Os marsupiais caracterizam-se por ter filhotes que nascem em estado muito imaturo. Por isso, o desenvolvimento embrionário é completado fora do útero materno, frequentemente numa bolsa externa (marsúpio) como a dos cangurus, que rodeia a região mamária. Esse fato talvez esteja ligado ao sistema imunológico complexo, já que o bebé marsupial precisa ser protegido de infecções fora do útero da mãe.
Outro dado interessante vem da estrutura geral do DNA dos marsupiais. Ao comparar o genoma da cuíca com a dos mamíferos com placenta, os pesquisadores verificaram que, ao longo do tempo, não foram exactamente os genes que se alteraram mais. Os genes, que contêm a receita para a produção de proteínas, costumavam ser considerados os principais responsáveis pela evolução. No entanto, as mudanças mais importantes parecem ter se acumulado, ao longo de milhões de anos, nas sequências que regulam os genes, e não neles próprios, sugere a pesquisa.Além disso, a descoberta pode trazer grandes avanços na medicina regenerativa relacionada com a espinha dorsal e danos no sistema nervoso periférico, pois os filhotes recém-nascidos das cuícas podem cicatrizar completamente os danos em sua coluna. A esperança é descobrir quais as características genéticas por trás dessa capacidade.

Cientistas decifram DNA

O mosquito que atormenta os brasileiros todo santo ano vai ter de se haver com as armas da biologia molecular. Uma equipe internacional de pesquisadores acaba de obter a sequência completa do DNA do Aedes aegypti, transmissor da febre amarela.
O trabalho revelou que o A. aegypti possui um genoma cerca de cinco vezes maior que seu parente igualmente perigoso, o mosquito Anopheles gambiae transmissor da malária. Cerca de 1,4 bilhão de pares de "letras" químicas de DNA compõem o genoma do A. aegypti, tamanh
o um pouco inferior à metade do genoma humano.
É um genoma complexo, com muitos elementos repetitivos. Quase metade do DNA do bicho, para se ter uma ideia, corresponde a sequências sem nenhuma função aparente que têm a “mania” de fazer várias cópias de si mesmas e ficar saltando de um ponto ao outro do genoma. Isso dificulta o trabalho de montar o mapa completo do material genético do bicho.
Para esse trabalho, o que se analisa não é exactamente o DNA, mas o mRNA ou RNA mensageiro que transmite as instruções para a produção de proteínas que estão contidas no DNA. Mas o trabalho é directamente relevante para estimar quantos genes funcionais a criatura tem - no caso, a melhor estimativa fica em torno de 15 mil.




sexta-feira, maio 18, 2007

Portuguesas brilham na Biologia

Uma equipa de cientistas portuguesas desvendou o funcionamento do centrossoma, órgão da célula que regula a multiplicação celular, abrindo portas para um possível diagnóstico e tratamento do cancro. A investigação desvendou os segredos da formação do centrossoma, a estrutura que regula o esqueleto e a multiplicação das células e que frequentemente se apresenta alterada no cancro.Esta descoberta responde pela primeira vez a uma questão muito antiga e que já preocupava os biólogos do fim do século XIX: como é que se forma um centrossoma?A importância desta questão prende-se com o facto de várias doenças, desde o cancro à infertilidade, estarem relacionadas tanto com a ausência como com o excesso de centrossomas. Cada célula tem apenas uma destas estruturas e pensava-se que este servia de modelo para a estruturação de novos centrossomas, necessários aquando da formação de novas células.

Grupo recria proteína que queima gordura

Um grupo de pesquisadores desenhou um modelo virtual da estrutura da proteína que regula a queima de gorduras e descobriu os seus mecanismos de funcionamento.
O projecto reproduz a proteína CPT1 (Carnitina palmitoil-transferase), incluindo o seu segmento regulador, completamente desconhecido até agora, explicou um dos pesquisadores. A CPT1 é o objecto preferencial de estudo para combater a obesidade por parte de grupos de pesquisa de todo o mundo. O trabalho também inclui desenhos em nível atómico do funcionamento do repressor malonil-CoA.
A veracidade dos modelos foi comprovada por uma série de trabalhos bioquímicos sobre o funcionamento da proteína, publicados no . "Agora que sabemos como funciona a proteína, no futuro poderão ser desenvolvidos remédios que actuam sobre ela para conseguir resultados", disse Gómez Puertas.
A CPT1 é encontrada no organismo sob três formas diferentes: a 1A, no fígado, a 1B, nos músculos, e a 1C, no cérebro. A manifestação no cérebro é especialmente interessante, já que se acredita que ela seja responsável pela sensação de apetite e satisfação, além de estar envolvida em processos relacionados com diabetes tipo II e doenças cardíacas.


sexta-feira, maio 04, 2007

Investigadores identificam nova categoria de sismo

Entre estes fenómenos, encontram-se os denominados tremores episódicos profundos, sismos de baixa intensidade, terramotos de muito baixa intensidade, deslizamentos lentos de terra e sismos silenciosos.
Esta nova definição «unifica uma classe diferente de fenómenos sísmicos lentos e pode contribuir para uma melhor compreensão dos processos de colapso da placa tectónica e do aparecimento de grandes terramotos.
Estes episódios menores de movimento no interior da Terra irradiam muito menos energia sísmica do que a libertada pelos terramotos simples, apesar de estes terem uma duração maior e, inclusivamente, poderem prolongar-se durante anos.
Os cientistas, que trabalham neste estudo descobriram aquilo que definem como uma «relação simples», que diferencia o comportamento destes terramotos lentos dos sismos, e que os agrupa como manifestações distintas de um mesmo fenómeno.
Segundo os investigadores, o momento sísmico destes terramotos lentos, a quantidade de energia que libertam, é constante e proporcional à sua duração, algo que não sucede nos sismos.
Há pouco mais houve a publicação de um estudo em que advertiam que os ligeiros tremores detectados em várias falhas subterrâneas do planeta, incluídos agora na categoria de «terramotos lentos», podiam ser a prelúdio de futuras catástrofes sísmicas.
Estes «terramotos lentos» produzem-se em zonas de subducção, locais onde se produziram as maiores catástrofes sísmicas da História.
Apesar de tudo o que se sabia até agora sobre terramotos lentos, os cientistas acreditam que ainda estão por descobrir os mecanismos físicos que os produzem, entre os quais acreditam estar a entrada e difusão de algum tipo de fluidos entre as falhas do planeta.

Fonte:http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=60&id_news=274377



Cientistas identificam gene da longevidade

O elixir da juventude poderá, no fim das contas, estar escondido num gene pouco conhecido que não apenas promove a longevidade, mas melhora a qualidade de vida.Numa série de experiências feitas com minhocas, uma equipe de cientistas identificou pela primeira vez um gene, conhecido como PHA-4, que desempenha um papel crítico no prolongamento da vida, sem recorrer aos caminhos neurais reguladores de insulina, que também controlam o processo de envelhecimento. Outros biólogos moleculares chamaram o estudo de "revolucionário", afirmando que irá mudar as agendas de pesquisas no novo, porém florescente, campo da genética da longevidade. Mas, também alertaram que duplicar os resultados em humanos é muito mais complicado. Segundo os cientista “Há duas formas principais de se prolongar a vida: uma é reduzir a sensibilidade à insulina ao nível celular; outra forma é a restrição da dieta. Ora isto num ser humano representa mais 15 a 20 anos de vida. Uma dieta controlada, no entanto, não é o mesmo que estar à beira da inanição e deve consistir de uma combinação balanceada de nutrientes para ser eficaz. No estudo minhocas do tipo C. elegans foram alimentadas com uma bactéria guarnecida com material genético que, selectivamente, desligou o gene PHA-4. Como se esperava, as minhocas não desfrutaram mais de uma vida mais longa quando colocadas em uma dieta restritiva. Mas embora esta primeira experiência tenha demonstrado o papel determinante do gene na longevidade vinculada ao controle alimentar, ela não provou que o PHA-4 foi a causa directa de uma vida mais longa, então outro teste foi realizado. Os cientistas conduziram uma série separada de experiências para se certificar de que o PHA-4 agiu de forma independente de qualquer via sinalizadora de insulina. Um dos cientistas, contudo afirma que o PHA-4, que corresponde à família "foxa" de genes nos humanos, provavelmente actua nas enzimas para reduzir a nociva oxidação celular. Mas ele disse que o vínculo entre a restrição alimentar e a longevidade ainda é mal-compreendido. Gary Ruvkun, geneticista da Universidade de Harvard em Massachusetts, também disse que o estudo poderá abrir novos caminhos de pesquisa sobre o envelhecimento humano. "Há homólogos em todos estes organismos e esperamos que funcionem de forma similar", afirmou. Ele previu que outros cientistas começariam a examinar mais cuidadosamente o papel do PHA-4, que foi previamente ligado ao crescimento da faringe da C. elegans. De fato, Ruvkun disse ter examinado o gene em sua própria pesquisa porque admitiu que a desactiva-lo durante a experiência simplesmente mataria a minhoca. Mas Dillin e seus colegas descobriram que quando as minhocas atingem a idade adulta, o gene muda de função, regulando o envelhecimento ao invés do crescimento.

domingo, abril 22, 2007

Rocha sedimentar

As rochas sedimentares são um dos três principais grupos de rochas (os outros dois sendo as rochas magmáticas e as metamórficas) e formam-se por três processos principais:
--pela deposição (sedimentação) das partículas originadas pela erosão de outras rochas (conhecidas como rochas sedimentares clásticas);
--pela deposição dos materiais de origem biogénica; e
--pela precipitação de substâncias em solução.

As rochas sedimentares podem ser divididos em
.Clásticas
.Orgânicas
.Químicas

quarta-feira, abril 18, 2007

Rochas metamórficas são formadas por transformações físicas e químicas sofridas por outras rochas, quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra, num processo denominado metamorfismo.
As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde a rocha se formou. Nestes ambientes, os minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, estáveis nas condições vigentes. Não apenas as rochas sedimentares ou ígneas podem sofrer metamorfismo, as próprias rochas metamórficas também podem, gerando uma nova rocha metamorfizada com diferente composição química e/ou física da rocha inicial.
Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as condições físicas em que ocorreu o metamorfismo. O estudo das rochas metamórficas permite a identificação de grandes eventos geotectónicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da atual configuração dos continentes.
As cadeias de montanhas (ex. Andes, Alpes, Himalaias) são grandes enrugamentos da crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectónicas. As elevadas pressões e temperaturas existentes no interior das cadeias de montanhas são o principal mecanismo formador de rochas metamórficas. O metamorfismo pode ocorrer também ao longo de planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão) ou nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à dissipação de calor (alta temperatura).

Características do Metamorfismo

Minerais deformados e alinhados exemplo: mármore,quartzto e ardosia
Embora não nos seja possível assistir à génese de rochas metamórficas, visto ocorrer a grandes profundidades, conseguimos facilmente através de variados estudos concluir que a temperatura e a pressão são os principais factores de metamorfismo. No entanto estes dois factores encontram-se intimamente ligados a outras condicionantes como é o caso dos fluidos de circulação, a intensidade de aquecimento e o tempo durante o qual a rocha se encontra submetida a esses factores.
Desta forma ocorre o metamorfismo, ou seja, as rochas apesar de se manterem no estado sólido sofrem alterações um pouco profundas que incluem modificações tanto a nível químico como a nível estrutural. A rocha sofre ainda alterações na textura. Todos estes agentes actuam em conjunto apesar de existirem diferentes ambientes metamórficos. O metamorfismo pode ser baixo, médio e de alto grau. De seguida falaremos acerca de cada um dos agentes do metamorfismo.
Temperatura
A temperatura aumenta com a profundidade, mas para além disso quando ocorre uma intrusão magmática, o calor vai sobreaquecer as rochas encaixantes, calor proveniente desse magma. Assim as rochas ficarão submetidas a temperaturas que provocarão diversas alterações, embora essas temperaturas não sejam suficientes para fundir as rochas.
Pressão
Como o processo designado por metamorfismo que ocorre no interior da terra, as rochas encontram-se a diferentes profundidades, e, desta forma, sujeitas a pressões variadas. A maior parte das pressões são devidas ao peso das camadas superiores designando-se por isso pressões litostáticas. Estas pressões podem-se sentir facilmente a profundidades relativamente pequenas. Existem ainda outras pressões orientadas que se relacionam diretamente com compressões provenientes dos movimentos laterais das placas litosféricas.
Fluidos de circulação
Nos intervalos das rochas predominam diversos fluidos quer no estado gasoso quer no estado líquido, de acordo com as diferentes condições de pressão e temperatura. A água é um dos fluidos mais importantes que transporta várias substâncias em solução, e, para além de ser dissolvente de quase todas as substâncias, este fluído provoca diversas reações químicas. Pode ocorrer, ainda, a migração de materiais, através da água, que irão contribuir, assim, para alterações químicas e até mesmo mineralógicas. As reacções metamórficas serão assim muito lentas devido ao baixo volume de fluidos intersticiais. Com o aumento, quer da temperatura quer da pressão, os intervalos da rocha vão diminuindo consequentemente e os fluidos serão lentamente expulsos. Assim, os minerais hidratados, como é o caso dos minerais de argila tornam-se mais instáveis e com a perda de água transformam-se normalmente em minerais anidros, como é o caso de feldspatos e piroxénos. Devido a esta condicionante, as rochas de alto grau de metamorfismo abrangem muito poucos minerais hidratados, sendo estes muito mais frequentes nas rochas de baixo metamorfismo. A água influencia ainda o ponto de fusão dos materiais, podendo assim ocorrer fusão a temperaturas muito mais baixas do que as indispensáveis em ambientes meio secos.
Tempo
O tempo é um fator bastante importante para a formação deste tipo de rochas. Não se pode dizer exatamente quanto tempo demora uma rocha metamórfica a formar-se para diversas condições de temperatura e de pressão. Contudo diversas experiências laboratoriais mostram que a altas pressões e a altas temperaturas, durante um período de tempo de alguns milhares ou mesmo milhões de anos, se produzem cristais de dimensões elevadas.


Rocha magmática

Rocha ígnea, magmática ou eruptiva é a que resultou da consolidação devida a resfriamento de magma derretido ou parcialmente derretido. O processo de solidificação é complexo e nele podem distinguir-se a fase ortomagmática, a fase pegmatítica-pneumatolítica e a fase hidrotermal. Estas rochas são compostas de feldspato, quartzo, piroxênios e anfibolitos, micas e minerais acessórios. Ocupam cerca de 25% da superfície terrestre e 90% do volume terrestre, devido ao processo de génese.
O magma, ao solidificar-se, dependendo das condições - principalmente da pressão e temperatura - pode originar uma grande variedade de rochas, que se dividem em três grandes grupos:
--rochas ígneas plutónicas, intrusivas ou abissais (figura de um Diorito, uma rocha ígnea intrusiva)
São formadas a partir do resfriamento do magma no interior da crosta, nas partes profundas da litosfera, sem contacto com a superfície. Elas só apareceram à superfície depois de removido o material sedimentar ou metamórfico que a recobria. Em geral, o resfriamento é lento e ocorre a cristalização de todos os seus minerais. Normalmente as rochas plutónicas ou intrusivas apresentam uma estrutura maciça. A sua estrutura mais corrente é granular, isto é, os minerais apresentam-se equidimensionais ligados entre si. A classificação detalhada das rochas magmáticas requer um estudo microscópico da mesma. Em linhas gerais, podem considerar-se as seguintes famílias de rochas magmáticas, entre as quais existe toda uma série de rochas intermédias:

Família do granito: o granito é uma mistura de quartzo, feldspato e micas, além de outros minerais, que se podem encontrar em menores proporções e que recebem a denominação de acessórios. Estes podem ser turmalinas, plagioclases, topázio, e outros mais. O granito é uma rocha ácida e pouco densa que aparece abundantemente em grandes massas, formando regiões inteiras ou as zonas centrais de muitos acidentes montanhosos. O equivalente vulcânico do granito é o riolito;
Família do sienito: tem como minerais essenciais os feldspatos alcalinos, especialmente a ortoclase, aos quais se associa a hornblenda, a augite e a biotite. Não apresentam nem moscovite nem quartzo. São rochas neutras. O equivalente vulcânico do sienito é o traquito;

Família do diorito: tem como minerais essenciais os feldsfatos calcossódicos ácidos - oligoclase e andesina. A estes associam-se, em geral, a hornblenda, a augite e a biotite. O equivalente vulcânico do diorito é o andesito.
Família do gabro: são rochas escuras, verdes ou negras, bastante densas e sem quartzo, pelo que são rochas básicas. Os seus minerais essenciais são os feldsfatos básicos - labradorite e anortite -, acompanhados, geralmente, por diálage, biotite, augite e olivina. O equivalente vulcânico do gabro é o basalto;
Família do peridotito: são rochas constituídas por anfíbolas e piroxenas e, sobretudo, por olivina. São rochas ultrabásicas muito densas e escuras. O magma que as originou formou-se em grande profundidade, muitas vezes na parte superior do manto. Os peridotitos são rochas muito alteráveis por efeito dos agentes meteóricos, transformando-se em serpentinitos, que são utilizados como pedras ornamentais, muito apreciada pela sua cor verde escura.

--rochas ígneas vulcânicas, extrusivas ou efusivas (figura de um Basalto, uma rocha ígnea extrusiva)
São formadas a partir do resfriamento do material expelido pelas erupções vulcânicas actuais ou antigas. A consolidação do magma, então, acontece na superfície da crosta ou próximo a ela. O resfriamento é rápido, o que faz a que estas rochas, por vezes, apresentem material vítreo. Essas rochas têm textura microlítica ou vidrosa (vítrea). Há uma grande diversidade de rochas vulcânicas que se agrupam em alguns tipos gerais: siólitos, traquitos, andesitos e basaltos, entre os quais existe uma série de rochas intermédias, do mesmo modo que nas rochas plutónicas;
--rochas filonianas ou hipoabissais
São as rochas que alguns autores consideram, de certo modo, fazer a transição entre as rochas vulcânicas e as rochas plutónicas. Sem atingir a superfície, aproximam-se muito dela e podem preencher as fissuras da crosta terrestre. Umas formam-se por resfriamento do magma numa fissura, outras formam o recheio das fissuras e farturas, devido à presença de soluções hidrotermais (de águas térmicas) que aí precitam os minerais. Todas as rochas filonianas se encontram em relação direta com o magma, isto é, com rochas intrusivas. São exemplo de rochas filonianas os aplitos, os pegmatitos e os lamprófiros.

Rocha

Rocha (ou popularmente pedra) é um agregado natural composto de alguns minerais ou de um único mineral, podendo ou não conter vidro (o vidro não é considerado um mineral). Para além disso, para ser considerada como uma rocha esse agregado tem que ter representatividade à escala cartográfica (ter volume suficiente) e ocorrer repetidamente no espaço e no tempo, ou seja o fenômeno geológico que forma a rocha ser suficientemente importante na história geológica para se dizer que faz parte da dinâmica da Terra.
As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação. Pelas suas origens ou maneiras como foram formadas, as rochas são classificadas como magmáticas, sedimentares e rochas metamórficas. As rochas magmaticas foram formadas de magma, as sedimentares pela deposição de sedimentos e posterior compressão destes, e as rochas metamórficas por qualquer uma das primeiras duas categorias e posteriormente modificadas pelos efeitos de temperatura e pressão. Nos casos onde o material orgânico deixa uma impressão na rocha, o resultado é conhecido como fóssil.

DNA “enxuto” deu asas a dinos, diz estudo

Pesquisadores americanos e britânicos estimaram o tamanho do genoma (o conjunto do DNA) dos dinossauros. Não contentes com isso, ainda afirmam que o dado pode revelar como os “lagartões” ganharam sangue quente e, mais tarde, deram origem às aves. Segundo eles, um dos segredos pode ter sido um genoma "enxuto", que preparou o organismo dos animais para funcionar no ritmo necessário para alçar voo.
Um grupo de cientistas usou um truque simples e engenhoso para estimar a quantidade de DNA nas células de 31 espécies de dinos. Eles simplesmente disposeram os ossos fossilizados e mediram o diâmetro de pequenos buracos neles, os quais, em vida, eram ocupados pelas células ósseas.
Acontece que há uma correlação entre tamanho de célula e tamanho de genoma, já verificada em espécies actuais de vertebrados: quanto maior a célula, maior a quantidade de DNA. Usando métodos estatísticos baseados nesses dados de bichos modernos, os pesquisadores conseguiram fazer uma hierarquia dos "gen
omas reconstruídos" de dinos.
E não é que um padrão no mínimo curioso emergiu dos dados? Há uma diferença clara entre todos os dinos terópodes (os carnívoros que deram origem às aves) e os ornitísquios (herbívoros como o chifrudo Triceratops, que lembra um rinoceronte, ou os hadrossauros, com seus bicos de pato). Os terópodes teriam genomas com média de 1,78 bilhão de pares de "letras" de DNA -- pouco mais que a metade do tamanho do genoma humano -- enquanto os ornitísquios teriam quase 2,5 biliões de pares de "letras" em seu DNA.
O mais interessante é que o genoma “enxuto” parece estar presente desde a origem dos terópodes e, talvez, de todos os dinos. O bicho conhecido como Herrerasaurus pode ser tanto o primeiro terópode quanto um dos primeiros dinos -- e já apresentaria DNA "resumido".

Do calor ao vôo
Organ um dos cientistas, explica que as repercussões desse dado podem ser enormes. "Há evidências de que o tamanho do genoma varia junto com a velocidade do metabolismo”. "Fazer mais DNA caber na célula exige que o núcleo celular e a célula como um todo cresçam também. Isso tem consequências directas para a taxa de divisão celular, a respiração e outros factores ligados à razão entre a superfície e o volume dos tecidos."
Por outras palavras um genoma pequeno permite que as células sejam menores e se dividam mais rápido. Em conjunto, células pequenas e numerosas também têm uma superfície maior do que poucas e grandes células - o que facilita a vida delas na hora de fazer trocas químicas no sangue, por exemplo. Assim, é de esperar que um bicho de organismo "rápido" tenha genomas mais enxutos e mostre características como sangue quente.
Como o voo é uma actividade que exige quantidades enormes de energia, considera-se que um metabolismo rápido e sangue quente foram pré-condição para que alguns dinos se tornassem aves. E, de fato, tanto os genomas das aves modernas quanto os do outro grupo vivo de vertebrados voadores, os morcegos, são "resumidos" se comparados aos de seus parentes mais próximos. O mais curioso é que as aves que não voam mais, como os avestruzes e emas, voltaram a ter DNA grandalhão.


Paleontólogos descobrem uma nova espécie de crocodilo

Um grupo de paleontólogos brasileiros anunciou a descoberta de uma nova espécie de crocodilo, extinto há cerca de 90 milhões de anos. O fóssil da espécie Adamantinasuchus navae, com 50 centímetros de comprimento, do período cretáceo, foi encontrado durante as obras de construção de uma barragem no Brasil. Os investigadores afirmaram: "Essa nova espécie era muito diferente dos crocodilos que conhecemos actualmente, era terrestre e vivia em ambientes secos". A análise morfológica do fóssil permitiu mostrar que se trata de uma nova espécie de crocodilo extinto.
“A grande peculiaridade dele é que se trata de um animal muito pequeno. Lembra muito um cachorro chihuahua”, declarou um dos investigadores. O crânio da criatura tem outras características curiosas: olhos muito grandes em relação ao resto da cabeça e os dentes da frente muito protuberantes. Juntando esses dados com o tamanho reduzido, os pesquisadores estimam que o animal teria hábitos nocturnos –- óptimo motivo para ter olhos grandes –- e comeria pequenos animais, talvez insectos e até carniça. Os dentes talvez facilitassem a tarefa de “fisgar” a presa. São traços pouco comuns entre os crocodilos de hoje.

sábado, abril 14, 2007

Proteínas revelam semelhanças entre aves e dinossauros

Um grupo de investigadores americanos recolheu e sequenciou pequenos fragmentos de colágenio, uma proteína retirada dos ossos de um Tyrannosaurus rex, com 68 milhões de anos. O estudo revela que existem semelhanças entre o colágenio dos dinossauros e o das galinhas
Os sete fragmentos, retirados dos ossos do T-Rex, vêm também alimentar a controvérsia em torno da evolução das aves e dos dinossauros. O principal autor do estudo, John Asara, refere que “algumas pessoas acreditam que as aves evoluíram a partir dos dinossauros, mas apenas se baseiam na arquitectura dos seus ossos”. Apesar de ainda não ter respostas definitivas, o trabalho de Asara vem provar que “as aves e os dinossauros estão relacionados, pois as suas sequências também estão relacionadas”. Asara batalhou, durante um ano e meio, para conseguir sequenciar a proteína do T-Rex, através do uso de um espectrómetro de massa. Os ossos, que passaram muitas vezes despercebidos aos olhos dos investigadores, revelaram interessantes semelhanças.O grupo de investigadores baseou-se na análise da proteína encontrada num osso de um dinossauro de um museu. A amostra de cor acastanhada foi purificada e partida em sete fragmentos. John Asara concluiu que cinco destes fragmentos pertenciam à classe Alpha I, semelhante à sequência encontrada nas galinhas.O estudo dá a conhecer as relações existentes entre as espécies e mostra que é possível obter sequências de animais com cerca de 68 milhões de anos.

Duplicação gene pode ser a principal causa da obesidade

Cientistas britânicos descobriram que a duplicação de um gene é um factor crucial do excesso de peso de muitas pessoas.Segundo os cientistas uma pessoa que tem duas cópias ou alelos do gene, identificado como FTO, possui 70% a mais de hipóteses de obesidade. Pelo contrário, as pessoas com uma só cópia de FTO têm apenas 30% de hipóteses de sofrer com o excesso de peso. Segundo o cientista, a pergunta que muitos se fazem é por que, apesar comer menos e fazer mais exercícios, tendem a engordar com mais rapidez. "Existe, sem dúvidas, um componente na obesidade que é genético", afirma um dos cientistas. No entanto, os cientistas reconhecem que, apesar do descoberta, ainda desconhecem por que algumas pessoas têm duas cópias do gene e outras nenhuma.Os cientistas afirmam que, apesar de suas limitações, as conclusões do estudo são importantes para o combate contra a obesidade e suas consequências."Ao identificar esta vinculação genética, poderá ser possível melhorar nossos conhecimentos dos motivos que levam alguém a ser obeso", afirmou Mark McCarthy, professor da Universidade de Oxford.

sexta-feira, abril 06, 2007

Descoberta chave da diversidade do tamanho dos cães

Uma equipa de cientistas norte-americanos descobriu a chave genética da extrema diversidade do tamanho dos cães ao investigar o cão de água português."A investigação centrou-se inicialmente no cão de água português devido à grande variabilidade de tamanhos existente nessa raça", disse à Lusa o primeiro autor do trabalho, Nathaniel B. Sutter, do Instituto Nacional de Investigação do Genoma Humano em Bethesda (Maryland)."O facto de existirem cães pequenos e grandes numa única raça dá-nos a capacidade genética de encontrar genes, como o IGF1, que contribuem para o tamanho do corpo não só no cão de água português, mas em todas as raças", referiu o cientista.Podendo ser tão pequeno como um brinquedo ou ter um tamanho enorme, o cão doméstico (Canis familiaris) é o animal com maior variabilidade de tamanho dentro dos mamíferos.Nathaniel Sutter e os seus colegas descobriram que todos os cães pequenos partilham uma sequência específica de ADN (ácido desoxirribonucleico) que inclui o gene codificador do factor 1 de crescimento do tipo da insulina (IGF1). Este gene está implicado no tamanho do corpo noutros organismos, entre os quais os ratinhos e os humanos.O estudo começou pelo cão de água português devido à variedade de tamanhos de esqueleto que pode apresentar, mas envolveu depois análises de ADN de mais de 3.000 cães de 143 raças – refere o artigo publicado na Science.Segundo os cientistas, séculos de criação humana de cães terão facilitado a rápida descoberta do gene IGF1, o que constitui um bom augúrio para futuros esforços no sentido de identificar genes que contribuem para outras peculiaridades complexas dos cães, como o seu comportamento e doenças.

quarta-feira, abril 04, 2007

Cientistas criam válvula cardíaca

Uma equipa médica britânica criou uma válvula cardíaca a partir de células estaminais, como parte de um projecto para produzir todo um coração humano.
A equipa de investigadores - dirigida por Sir Magdi Yacoub, professor de Cardiologia no Imperial College de Londres - cultivou no Harefield Hospital de Londres células estaminais extraídas da medula óssea para se diferenciarem e darem origem a tecido que funciona como uma válvula no coração humano. Em declarações ao jornal, Yacoub refere que a perspectiva de criar um coração humano a partir de células estaminais não é utópica. "É um projecto ambicioso, mas não é impossível”. E acrescentou: "Se me perguntarem quando será isso possível, direi dez anos. Mas a experiência mostrou que os progressos permitem hoje avanços muito mais rápidos. Não ficaria surpreendido se isso acontecesse muito mais rapidamente do que se pensa".

quinta-feira, março 29, 2007

Gente feia favorece sobrevivência da espécie

Se temos uma tendência a preferir parceiros bonitos em relação a feios, por que a selecção natural não agiu até agora para eliminar gente feia do mundo? Esse grande paradoxo da evolução acaba de ser respondido por dois cientistas do Reino Unido. De acordo com seu estudo, isso acontece porque um gene que causa mutações no nosso genoma “sobrepõe-se” àqueles ligados às características que apreciamos, como a beleza. Por isso, em vez da selecção sexual diminuir as diferenças entre nós, como ditaria a lógica, ela, na verdade, torna-nos cada vez mais diferentes.O fato da selecção sexual não nos ter transformado numa espécie formada apenas por belas pessoas é um dos argumentos preferidos dos criacionistas para derrubar a teoria da evolução de Charles Darwin. Agora dois cientistas do Reino Unido, respondem. Segundo o seu estudo, a evolução não age por um mecanismo tão simplista.Estes usaram um modelo computacional para verificar se um elemento que alterava as mutações genéticas em bactérias também causava impacto em espécies que se reproduzem de forma sexuada, como nós. A resposta foi um surpreendente “sim”. Pela lógica, toda forma de selecção diminuiria as diferenças entre uma espécie em algumas gerações. Mas, na verdade, não temos nada a ganhar nos transformando em um grupo homogéneo de indivíduos. Para começar, a própria selecção natural pararia de funcionar uma vez que seríamos todos iguais; depois, o fim da diversidade genética é um risco: sem variações dentro da espécie para resistir, uma única doença causada por uma única bactéria poderia nos dizimar a todos; por outro lado, mutações também não são a coisa mais segura do mundo. A maioria delas causa problemas, como o cancro. Por isso, embora a falta de diversidade seja um problema, seria compreensível se a lógica seguisse seu curso e a selecção sexual diminuísse a quantidade de mutações dos nossos genes. Resolvendo o paradoxo, entra em cena o tal gene modificador, que os cientistas acreditavam que só agia em bactérias. Segundo a pesquisadora, o gene aumenta o número de mutações genéticas. Aumentando o número de mutações como um todo, ele também aumenta o número de mutações benéficas. Mutações essas que são seleccionadas por nós, através da selecção sexual, que levamos de brinde o gene modificador, que vai aumentar o número de mutações e a diversidade, começando tudo outra vez. “É um círculo. Sem diversidade não há selecção sexual. Então a selecção sexual selecciona indirectamente o gene modificador, que aumenta a diversidade, que permite que a selecção sexual continue existindo”, afirma Petrie. Ou seja, não apenas a teoria da evolução não está errada, como ela é muito mais complexa do que pensávamos. E se não somos uma espécie de top models, pelo menos seremos uma espécie que vai durar mais tempo.

terça-feira, março 27, 2007

Mutação pode aumentar risco de autismo

Mutações genéticas espontâneas muito pequenas aumentariam os riscos de autismo mais do que a medicina acreditava até agora.
Estas mutações genéticas, mesmo sendo raras, são 10 vezes mais frequentes entre as pessoas que sofrem de problemas de autismo do que entre indivíduos saudáveis, revelou uma pesquisa.
A pesquisa também mostrou que estas mutações seriam duas vezes mais frequentes entre as pessoas com pelo menos dois membros da família autistas.
Um dos cientistas afirma: "Nosso estudo mostra claramente que as pequenas falhas genéticas são frequentes no autismo e aparecem em pelo menos 10% dos casos, mais particularmente na forma esporádica da doença, que ocorre em 90% dos casos", acrescentou. "A compreensão do autismo esporádico precisará de diferentes abordagens genéticas, expandindo os estudos para um grande número de famílias nas quais apenas um dos membros sofre da doença", advertiu o médico.

Casal dos EUA tem gêmeos "quase idênticos"

Geneticistas americanos descobriram um par de gémeos entre o idêntico e não-idêntico, um caso inédito no mundo.
Segundo o artigo, o único caso conhecido de gémeos "quase idênticos" se originou, quase certamente, de dois espermatozóides que se fundiram com um único óvulo, uma forma até hoje desconhecida de formação de gémeos, segundo a equipe que fez a descoberta.
Os gémeos são quimeras, já que suas células não são geneticamente uniformes, e cada espermatozóide contribuiu para a carga genética de cada embrião. Uma das crianças é um hermafrodita, o que significa que tem células sexuais masculina e feminina, enquanto o outro é um menino, cujos órgãos sexuais se desenvolveram normalmente.
As crianças, que hoje têm entre um e três anos e quase não têm hipóteses de sobreviver, nasceram nos Estados Unidos.
Os gémeos não-idênticos ou fraternais se formam quando dois óvulos são fecundados por dois espermatozóides no útero. Cada um é fertilizado de forma independente e se dá origem, individualmente, a um embrião. No caso dos gémeos idênticos, um ovo é fertilizado por um único espermatozóide
e o embrião se divide em algum estágio de seu desenvolvimento para dar origem a dois seres humanos distintos, mas geneticamente equivalentes.
Há duas explicações para o caso: a primeira possibilidade é que o óvulo teria começado a se dividir, sem
se separar, e cada parte foi, então, fertilizada por um único espermatozóide. Os genes podem, então, ter se misturado antes de o ovo se dividir totalmente em dois. No entanto, é mais provável que dois espermatozóides tenham se fundido com um único óvulo, criando um embrião com três pares de cromossomas, ao invés de dois. Neste caso, teria havido uma mistura de genes dentro do ovo duplamente fertilizado. Ele, então, teria se dividido em duas células e cada uma teria abrigado um par extra de cromossomas.
Como resultado, as crianças teriam genes idênticos pelo lado da mãe, mas dividiriam apenas metade de seus genes com o pai. A dupla fertilização de um único óvulo não é desconhecida, mas até agora não havia registro da sobrevivência dos bebés.

Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL14465-5603-1239,00.html



Lobos clonados com êxito pela primeira vez em todo o mundo

Um grupo de cientistas sul-coreanos anunciou a primeira clonagem feita no mundo a lobos.
Os dois lobos clonados nasceram entre 18 e 26 de Outubro de 2005, mas a equipa de investigadores decidiu esperar um ano e meio para confirmar a experiência.
A equipa de investigadores anunciou que os dois lobos clonados estão a desenvolver-se com normalidade e que pertencem a uma espécie em vias de extinção, que na Coreia do Sul já só pode ser encontrada em cativeiro.
Segundo o responsável pela investigação, Lee Byeong-Chun, a sua equipa extraiu células de um lobo em cativeiro e implantou-as em 251 óvulos extraídos de 41 cadelas, antes de os introduzir em 12 fêmeas de lobo, que fizeram o processo de gestação.
Em dois destes casos o processo foi concluído com êxito e as lobas tiveram por cesariana crias que pesavam entre 430 e 530 gramas, sendo o seu peso actual de 20 quilos.
Park Yong-Ho, especialista de Veterinária da Universidade Nacional de Seul, sublinhou que se trata da primeira clonagem mundial de lobos e que o “êxito do resultado”.

sábado, março 24, 2007

Movimento das placas tectónicas tem pelo menos 3,8 mil milhões de anos

As placas tectónicas do planeta já estavam em movimento há, pelo menos, 3,8 mil milhões de anos, revela um estudo. Os cientistas têm vindo a debater se o movimento das placas tectónicas, responsáveis pela formação dos oceanos e continentes, já se fazia nos primórdios da Terra – que se estima ter 4,5 mil milhões de anos - ou se apenas começou na segunda metade da sua história.
Este estudo analisou as rochas da zona Sudoeste da Gronelândia que, segundo os cientistas, serão a prova mais antiga dos movimentos tectónicos do planeta. Estas antigas camadas de rocha são os vestígios de fundos marinhos criados nos primórdios do planeta, dizem os investigadores.Durante milhões de anos, as placas tectónicas têm estado em constante movimento e onde se encontram podem registar-se sismos, actividade vulcânica e a criação de montanhas.

Forma não hereditária de cancro da mama também tem mutação do gene BRCA1

Uma equipa de cientistas portugueses e britânicos descobriu uma alteração genética numa forma agressiva de cancro da mama que poderá abrir caminho a um tratamento mais eficaz da doença.
Os cientistas detectaram uma alteração no gene supressor tumoral BRCA1, encontrada frequentemente em algumas formas de cancro hereditário da mama e numa forma não hereditária da doença conhecida por carcinoma do tipo basal.O estudo mostra que o BRCA1 é desligado em alguns cancros mamários do tipo basal, o que os torna semelhantes aos cancros hereditários relativamente aos seus mecanismos celulares de proliferação e de ausência de reparação de erros do ADN, explicou um investigador.
Como estes tumores não apresentam receptores de estrogénio, não respondendo por isso à terapêutica hormonal (Tamoxifeno) ou ao Herceptin, "esta descoberta é fundamental para o desenvolvimento de novas formas de os tratar", refere o estudo."O cancro da mama não é uma única, mas sim diferentes doenças, sendo cerca de cinco por cento delas causadas por mutação no BRCA1 e hereditárias", disse Fernando Schmitt. "Nós descobrimos que o gene BRCA1 pode também estar implicado em alguns tipos não hereditários de cancro da mama", sublinhou.

Fonte:www.publico.clix.ptshownews.aspid=1288393

sexta-feira, março 23, 2007

Alteração das paisagens

O aspecto da superfície da Terra varia constantemente ao longo do tempo sendo que, algumas destas transformações, produzem-se de modo rápido. O desabamento de terras sobre uma estrada ou uma cheia provocam alterações rápidas e visíveis. Contudo não são só estes tipos de “alterações” que alteram verdadeiramente a paisagem. Há, inclusive, outros tipos de processos como a meteorização que também alteram as paisagens.
Meteorização são os processos pelos quais as rochas se fragmentam, sofrem alterações químicas e se desagregam. Estes fenómenos têm lugar quando a rocha está, por exemplo, em contacto com a atmosfera ou a com água. Ao estarem sujeitas a estas condições, as rochas podem, então, partir-se e desagregar. No caso da figura seguinte podemos verificar a presença da meteorização física uma vez que a água infiltrar-se nas diáclases, solidifica e provoca a ruptura da rocha.
Um caso de meteorização química é o caso das rochas graníticas (figura seguinte). Estas, geradas em profundidade, aquando do seu afloramento provocam uma grande instabilidade dos seus minerais constituintes os quais feldspato e biotite que começam a degradarem originando os caos de blocos. Em contrapartida o quartzo, outro constituinte, sendo mais resistente é o mineral “que sobra” depois da retirada do feldspato e biotite.


Os minerais produzidos aquando da meteorização, normalmente não ficam nas proximidades da rocha e vão sendo transportados (suspensão, arrastamento, saltação e rolamento) pela água, vento, seres vivos, etc tendo em conta o seu tamanho, peso ou seja, os sedimentos de maiores dimensões tendem a ficar próximos do local de onde saíram sendo que os de pequenas dimensões tendem a ficar mais longe do local de onde saíram. A erosão é o desgaste constante que as rochas sofrem por parte dos agentes erosivos.
Quando o transporte começa a perder a sua energia começa a haver sedimentação que é o processo pela qual se depositam as partículas transportadas pelos agentes geológicos externos.



Fonte:Activa e multimédia-enciclopedia de consulta-Ciências da Natureza

Os estraros -- "Leitura"da Terra

Os minerais transportados pelos agentes geológicos externos (água e ar) depositam-se nas bacias de sedimentação, constituindo camadas horizontais sobrepostas, a que se dá o nome de estratos. Com o tempo, estes estratos de sedimentos podem dar origem a rochas sedimentares. Por vezes, as rochas sedimentares apresentam estratos tal como se depositam, e conservam restos de seres vivos – fósseis – que fornecem imensas informações acerca de como e quando se formou aquela rocha. Em outros casos, os estratos apresentam-se deformados por ondulações – rugas (figura) – ou por fracturas – diáclases – que constituem as chamadas deformações tectónicas produzidas pelas forças que se geram no interior da Terra.

Os estratos
Um estrato é uma camada de rocha delimitada por duas superfícies planas, designadas por superfícies de estratificação. A parte superior designa-se por tecto e o muro é conhecida como a parte inferior do estrato. Num estrato pode-se inclusive verificar que os estratos mais perto da superfície são mais recentes que os estratos que se encontram mais em “profundidade”. Este princípio da sobreposição dos estratos foi enunciado por Niels Seno no século XVII.

Como já foi referido nos estratos das rochas sedimentares, por vezes, encontram-se fósseis, sendo que, muitos deles, são óptimos para determinar a idade da rocha uma vez que viveram durante o período de tempo em questão. A esses fósseis designa-se por fósseis característicos e alguns dos quais estão presentes na figura abaixo representada.

Fonte:Activa e multimédia-enciclopedia de consulta-Ciências da Natureza

quarta-feira, março 21, 2007

Mosquito transgénico vai «atacar» malária

Segundo investigações divulgadas por cientistas americanos, o insecto transgénico é supostamente resistente ao vírus da malária os mesmos cientistas assim inserir os mosquitos geneticamente modificados no habitat natural a fim que estes substituam os insectos que transmitem a malária.
O estudo avança que a insecto transgénico é mais forte que os mosquitos comuns e consequentemente maior capacidade de sobrevivência na natureza.
Simulações efectuadas em laboratório demonstraram que os mosquitos responsáveis pela transmissão da malária desaparecem progressivamente com a reprodução da espécie - após nove gerações e cerca de 70 por cento dos insectos da comunidade já eram resistentes à malária.
Os cientistas da Universidade Johns Hopkins, de Baltimore, identificaram os mosquitos transgénicos de forma curiosa - além da transformação genética para repelir a malária, mudaram o DNA dos insectos para que eles tivessem olhos verdes e fluorescentes. Isso facilitou a contagem dos indivíduos transgénicos e dos comuns. Os transgénicos foram expostos ao parasita da malária e depois picaram ratos de laboratório - que não ficaram doentes, comprovando a eficácia da técnica.
A malária é cada vez mais uma preocupação uma vez que estudos recentes apontam que com o aquecimento global do planeta a Europa poderá vir a registar uma entrada da malária no continente daí os esforços feitos tendo em vista a sua "extinção".

Rochas sedimentares

As rochas sedimentares formam-se na superfície da Terra, a partir dos materiais transportados e depositados pelo ar e pela água (sedimentos). Os sedimentos podem conter fragmentos rochosos provenientes da crosta terrestre, restos de seres vivos e substâncias que estejam dissolvidas na água. Estes minerais, através da diagénese, podem transformar-se em rochas sedimentares. AS rochas sedimentares reconhecem-se facilmente, pois são formados por várias camadas sobrepostas de material rochoso (estratos). Os conglomerados, os arenitos, os calcários, as argilas, o carvão e o petróleo são algumas das rochas sedimentares mais conhecidas. As rochas sedimentares utilizam-se na construção de edifícios, no fabrico de cimento, gesso e tijolos e como combustível (carvão e petróleo).
Formação das rochas sedimentares
Os sedimentos depositam-se nas bacias de sedimentação, formando estratos. À medida que vão sendo cobertos por outros materiais que chegam à bacia, os sedimentos podem sofrer um conjunto de transformações, designado por diagénese, que compacta e cimenta as partículas que os constituem, transformando-se em rochas sedimentares. As rochas sedimentares classificam-se, de acordo com o tipo de sedimentos que as originou, em detríticas, não detríticas e orgânicas.
As rochas detríticas formam-se a partir de materiais transportados pelo ar ou pela água, sob a forma de partículas sólidas, que sedimentam por acção da gravidade. A água das bacias de sedimentação, que circula entre os sedimentos, pode fazer precipitar entre elas diversas substâncias nela dissolvidas (cimento). As partículas sedimentadas vão-se unindo umas às outras, transformando-se progressivamente em rochas. Consoante o tamanho das partículas que as originam (clastos), as rochas detríticas dividem-se em: conglomerados, formados a partir de cascalhos; arenitos, constituídos a partir de areias; e argilas, formados por partículas mais pequenas do que os grãos de areia.


Fonte:Activa e multimédia-enciclopedia de consulta-Ciências da Natureza