terça-feira, março 27, 2007

Casal dos EUA tem gêmeos "quase idênticos"

Geneticistas americanos descobriram um par de gémeos entre o idêntico e não-idêntico, um caso inédito no mundo.
Segundo o artigo, o único caso conhecido de gémeos "quase idênticos" se originou, quase certamente, de dois espermatozóides que se fundiram com um único óvulo, uma forma até hoje desconhecida de formação de gémeos, segundo a equipe que fez a descoberta.
Os gémeos são quimeras, já que suas células não são geneticamente uniformes, e cada espermatozóide contribuiu para a carga genética de cada embrião. Uma das crianças é um hermafrodita, o que significa que tem células sexuais masculina e feminina, enquanto o outro é um menino, cujos órgãos sexuais se desenvolveram normalmente.
As crianças, que hoje têm entre um e três anos e quase não têm hipóteses de sobreviver, nasceram nos Estados Unidos.
Os gémeos não-idênticos ou fraternais se formam quando dois óvulos são fecundados por dois espermatozóides no útero. Cada um é fertilizado de forma independente e se dá origem, individualmente, a um embrião. No caso dos gémeos idênticos, um ovo é fertilizado por um único espermatozóide
e o embrião se divide em algum estágio de seu desenvolvimento para dar origem a dois seres humanos distintos, mas geneticamente equivalentes.
Há duas explicações para o caso: a primeira possibilidade é que o óvulo teria começado a se dividir, sem
se separar, e cada parte foi, então, fertilizada por um único espermatozóide. Os genes podem, então, ter se misturado antes de o ovo se dividir totalmente em dois. No entanto, é mais provável que dois espermatozóides tenham se fundido com um único óvulo, criando um embrião com três pares de cromossomas, ao invés de dois. Neste caso, teria havido uma mistura de genes dentro do ovo duplamente fertilizado. Ele, então, teria se dividido em duas células e cada uma teria abrigado um par extra de cromossomas.
Como resultado, as crianças teriam genes idênticos pelo lado da mãe, mas dividiriam apenas metade de seus genes com o pai. A dupla fertilização de um único óvulo não é desconhecida, mas até agora não havia registro da sobrevivência dos bebés.

Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL14465-5603-1239,00.html



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