Uma equipe internacional de pesquisadores determinou a sequência completa do genoma do macaco reso (Macaca mulatta), um dos animais mais importantes para o estudo de doenças humanas em laboratório. O bicho separou-se da linhagem que daria origem ao Homo sapiens há cerca de 25 milhões de anos, mas seu DNA ainda é 93% idêntico ao de uma pessoa -- e pode dar pistas valiosas sobre as principais características genéticas da humanidade.
As máquinas de seqüenciamento genético tiveram de ler 2,8 bilhões de "letras" químicas de DNA, o que indica que o genoma dos resos tem tamanho mais ou menos igual ao do humano.
Os resos, nativos da Ásia, são a terceira espécie de primata a ter seu genoma decifrado, depois dos humanos e de seus parentes mais próximos, os chimpanzés (cujo grau de semelhança connosco fica muito próximo dos 99%). E esse é um dos principais valores de obter o mapa genómico do Macaca mulatta: por ser um primo nem tão próximo e nem tão distante, ele funciona como termo de comparação para saber quando, ao longo da evolução, certas mudanças aconteceram na linhagem humana.
Suponha, por exemplo, que uma mutação apareça tanto em humanos quanto em chimpanzés, mas não entre resos: o mais provável, nesse caso, é que ela tenha surgido após a separação da dupla humano-chimpanzé, mas antes que esses dois se separassem. Já uma característica genética compartilhada por resos e humanos, mas não por chimpanzés, provavelmente indica que quem mudou ao longo do tempo foram os chimpanzés (e não humanos e resos independentemente).
Tudo isso significa uma nova janela para o entendimento da evolução humana, mas o genoma recém-sequenciado promete também frutos mais práticos. Os resos são muito usados para estudar a neurobiologia dos primatas e todo tipo de doença infecciosa. Foi graças ao bicho que os cientistas descobriram o fator Rh do sangue, muito importante na hora de fazer transfusões. Para testar vacinas contra SIDA ou gripe, por exemplo, os bichos são o principal alvo. E os dados do genoma devem tornar esse processo mais eficiente e preciso.
As máquinas de seqüenciamento genético tiveram de ler 2,8 bilhões de "letras" químicas de DNA, o que indica que o genoma dos resos tem tamanho mais ou menos igual ao do humano.
Os resos, nativos da Ásia, são a terceira espécie de primata a ter seu genoma decifrado, depois dos humanos e de seus parentes mais próximos, os chimpanzés (cujo grau de semelhança connosco fica muito próximo dos 99%). E esse é um dos principais valores de obter o mapa genómico do Macaca mulatta: por ser um primo nem tão próximo e nem tão distante, ele funciona como termo de comparação para saber quando, ao longo da evolução, certas mudanças aconteceram na linhagem humana.
Suponha, por exemplo, que uma mutação apareça tanto em humanos quanto em chimpanzés, mas não entre resos: o mais provável, nesse caso, é que ela tenha surgido após a separação da dupla humano-chimpanzé, mas antes que esses dois se separassem. Já uma característica genética compartilhada por resos e humanos, mas não por chimpanzés, provavelmente indica que quem mudou ao longo do tempo foram os chimpanzés (e não humanos e resos independentemente).
Tudo isso significa uma nova janela para o entendimento da evolução humana, mas o genoma recém-sequenciado promete também frutos mais práticos. Os resos são muito usados para estudar a neurobiologia dos primatas e todo tipo de doença infecciosa. Foi graças ao bicho que os cientistas descobriram o fator Rh do sangue, muito importante na hora de fazer transfusões. Para testar vacinas contra SIDA ou gripe, por exemplo, os bichos são o principal alvo. E os dados do genoma devem tornar esse processo mais eficiente e preciso.
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