O elixir da juventude poderá, no fim das contas, estar escondido num gene pouco conhecido que não apenas promove a longevidade, mas melhora a qualidade de vida.Numa série de experiências feitas com minhocas, uma equipe de cientistas identificou pela primeira vez um gene, conhecido como PHA-4, que desempenha um papel crítico no prolongamento da vida, sem recorrer aos caminhos neurais reguladores de insulina, que também controlam o processo de envelhecimento. Outros biólogos moleculares chamaram o estudo de "revolucionário", afirmando que irá mudar as agendas de pesquisas no novo, porém florescente, campo da genética da longevidade. Mas, também alertaram que duplicar os resultados em humanos é muito mais complicado. Segundo os cientista “Há duas formas principais de se prolongar a vida: uma é reduzir a sensibilidade à insulina ao nível celular; outra forma é a restrição da dieta. Ora isto num ser humano representa mais 15 a 20 anos de vida. Uma dieta controlada, no entanto, não é o mesmo que estar à beira da inanição e deve consistir de uma combinação balanceada de nutrientes para ser eficaz. No estudo minhocas do tipo C. elegans foram alimentadas com uma bactéria guarnecida com material genético que, selectivamente, desligou o gene PHA-4. Como se esperava, as minhocas não desfrutaram mais de uma vida mais longa quando colocadas em uma dieta restritiva. Mas embora esta primeira experiência tenha demonstrado o papel determinante do gene na longevidade vinculada ao controle alimentar, ela não provou que o PHA-4 foi a causa directa de uma vida mais longa, então outro teste foi realizado. Os cientistas conduziram uma série separada de experiências para se certificar de que o PHA-4 agiu de forma independente de qualquer via sinalizadora de insulina. Um dos cientistas, contudo afirma que o PHA-4, que corresponde à família "foxa" de genes nos humanos, provavelmente actua nas enzimas para reduzir a nociva oxidação celular. Mas ele disse que o vínculo entre a restrição alimentar e a longevidade ainda é mal-compreendido. Gary Ruvkun, geneticista da Universidade de Harvard em Massachusetts, também disse que o estudo poderá abrir novos caminhos de pesquisa sobre o envelhecimento humano. "Há homólogos em todos estes organismos e esperamos que funcionem de forma similar", afirmou. Ele previu que outros cientistas começariam a examinar mais cuidadosamente o papel do PHA-4, que foi previamente ligado ao crescimento da faringe da C. elegans. De fato, Ruvkun disse ter examinado o gene em sua própria pesquisa porque admitiu que a desactiva-lo durante a experiência simplesmente mataria a minhoca. Mas Dillin e seus colegas descobriram que quando as minhocas atingem a idade adulta, o gene muda de função, regulando o envelhecimento ao invés do crescimento.
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