Uma equipa de cientistas norte-americanos descobriu a chave genética da extrema diversidade do tamanho dos cães ao investigar o cão de água português."A investigação centrou-se inicialmente no cão de água português devido à grande variabilidade de tamanhos existente nessa raça", disse à Lusa o primeiro autor do trabalho, Nathaniel B. Sutter, do Instituto Nacional de Investigação do Genoma Humano em Bethesda (Maryland)."O facto de existirem cães pequenos e grandes numa única raça dá-nos a capacidade genética de encontrar genes, como o IGF1, que contribuem para o tamanho do corpo não só no cão de água português, mas em todas as raças", referiu o cientista.Podendo ser tão pequeno como um brinquedo ou ter um tamanho enorme, o cão doméstico (Canis familiaris) é o animal com maior variabilidade de tamanho dentro dos mamíferos.Nathaniel Sutter e os seus colegas descobriram que todos os cães pequenos partilham uma sequência específica de ADN (ácido desoxirribonucleico) que inclui o gene codificador do factor 1 de crescimento do tipo da insulina (IGF1). Este gene está implicado no tamanho do corpo noutros organismos, entre os quais os ratinhos e os humanos.O estudo começou pelo cão de água português devido à variedade de tamanhos de esqueleto que pode apresentar, mas envolveu depois análises de ADN de mais de 3.000 cães de 143 raças – refere o artigo publicado na Science.Segundo os cientistas, séculos de criação humana de cães terão facilitado a rápida descoberta do gene IGF1, o que constitui um bom augúrio para futuros esforços no sentido de identificar genes que contribuem para outras peculiaridades complexas dos cães, como o seu comportamento e doenças.
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