quarta-feira, junho 27, 2007

Cientistas dizem que é possível recriar genoma do neandertal

Pesquisadores que estudam o DNA do homem de neandertal afirma que deve ser possível construir um genoma completo do antigo hominídeo, a despeito da degradação dos vestígios ao longo do tempo. Também há esperança de se reconstruir o genoma do mamute e o urso das cavernas.
Há um debate acalorado sobre se existe parentesco entre o neandertal e o homem moderno. Alguns pesquisadores acreditam que o homem de neandertal simplesmente foi substituído pela humanidade contemporânea, enquanto outros dizem que os grupos podem gerado descendentes em comum.
O sequenciamento do genoma do neandertal, espécie que viveu na Europa até cerca de 30.000 anos atrás, poderia lançar luz sobre a questão.
Em estudos do neandertal, do mamute e do urso das cavernas, a maior parte do DNA recuperado vem de microorganismos que colonizaram os corpos após a morte, dizem pesquisadores.
Mas eles foram capazes de identificar parte do DNA do cadáver original, e Paabo e seus colegas conseguiram determinar como as moléculas se quebraram ao longo do tempo. Eles também desenvolveram procedimentos para evitar contaminação por DNA dos humanos que trabalhavam manuseando o material.
"Estamos confiantes de que a obtenção de uma sequência de genoma neandertal confiável é tecnicamente factível", afirma o artigo de Paabo e colegas.
"A contaminação e degradação do DNA tem sido uma questão séria pelos últimos dez anos", disse Erik Trinkaus. "Esta é uma tentativa séria de enfrentar a questão, e é bem-vinda".
"Não tenho certeza de que tenham resolvido totalmente o problema, mas deram um grande passo na direção correta", disse ele.


Descobertos restos de pinguim gigante de 40 milhões de anos

Pinguins gigantes caminhavam pelo território que, atualmente, corresponde ao Peru há Amis de 40 milhões de anos, muito antes do que os cientistas acreditavam.
Mais conhecidos por sua presença na Antártida, os pinguins da actualidade vivem em diversas ilhas do Hemisfério Sul, chegando até perto do equador. Mas pesquisadores não acreditavam que essas aves tivessem chegado as regiões mais quentes antes de 10 milhões de anos atrás.
Agora, artigo informa a descoberta de restos de dois tipos de pingüins no Peru, datados de 40 milhões de anos atrás. Um dos animais era um gigante de 1,5 metro, com um longo bico pontiagudo.
Os cientistas mostraram-se surpreendidos com esta descoberta: "Esta é a mesma idade dos primeiros pinguins na América do Sul. O único outro registro no continente, dessa época, é do extremo sul do continente"; "As novas descobertas indicam que eles atingiram as regiões equatoriais muito antes do que se pensava anteriormente".
O pássaro gigante é muito maior que qualquer outro pingüim conhecido na atualidade, e o terceiro maior já registrado.


sexta-feira, junho 15, 2007

DNA não opera só por meio dos genes, diz estudo

A ideia básica por trás do genoma humano - de que os genes são transcritos por moléculas de RNA mensageiro e estes codificam proteínas que então controlam todas as funções do organismo - há alguns anos vem sofrendo abalos. Agora um novo estudo confirma que o funcionamento do DNA é muito mais complexo.
Os genes definitivamente não são tudo. Outros elementos estão em acção. A má notícia, no entanto, é que ainda não se descobriu exactamente como o genoma opera.
O problema da fórmula mágica, conhecida como dogma central, é que a quantidade de sequências de letras que leva à produção de proteínas é de apenas 1% do genoma. Temos só 30 mil genes, número que surpreendeu os cientistas quando o genoma humano foi codificado, em 2003, justamente por ser pequeno demais.
O arroz, para se ter uma ideia, tem 50 mil. Mesmo assim, por algum tempo se imaginou que todo o resto do genoma não tinha função nenhuma e ele recebeu o desonroso nome de DNA-lixo.
Aos poucos, no entanto, geneticistas começaram a observar que esse “lixo” tem um papel nas doenças genéticas. Eles viram que não apenas mutações em genes podem levar a problemas, como alterações nas letras (A, T, C e G) desses longos trechos também podem ser danosas.
A comprovação de que todo o genoma tem mesmo alguma função veio agora nos primeiros resultados do megaprojeto Encode.
O trabalho conduzido por 35 equipes de pesquisadores analisou com várias técnicas 1% do genoma humano e mostrou que praticamente o DNA inteiro é transcrito.
Ou seja, em vez de as moléculas de RNA mensageiro apenas lerem os trechos que codificam proteínas, elas também lêem todo o resto. Aparentemente essas sequências que não são genes têm um papel regulatório essencial.


sábado, junho 09, 2007

Células embrionárias sem embriões, revela estudo

Os cientistas envolvidos na pesquisa conseguiram reprogramar células de pele de adulto para que elas se comportassem como células-tronco embrionárias, abrindo o caminho para acabar com os debates éticos sobre a investigação científica em embriões, pois a descoberta apresenta-se como uma alternativa para obter essas células em humanos sem destruir embriões.Reprogramar células de pele de roedor, tornando-as capazes de gerar qualquer tipo de tecido.A experiência foi feita com ratos de laboratório mas os cientistas querem agora reproduzir os mesmos resultados a partir de células humanas.As células estaminais embrionárias são células apenas presentes na fase embrionária da vida e que têm a capacidade de dar origem a qualquer tecido ou órgão que formarão o organismo. A descoberta destas células tem trazido novas esperanças para numerosas doenças como a diabetes, Parkinson ou lesões na espinal medula.

quinta-feira, junho 07, 2007

Genes de sete doenças graves detectados

Um estudo permitiu descobrir genes que aumentam o risco de sete doenças graves, mas muito comuns na população mundial. Ao todo foram analisadas amostras de ADN de 17 mil pessoas, o que permitiu a identificação de novas variantes genéticas para a depressão, doenças coronárias, diabetes de tipo 1 e tipo 2, doença de Crohn, hipertensão e artrite reumatóide.
Um dos genes detectados duplica o risco de doenças coronárias, tornando-se tão significativo, em termos de factor de risco, como níveis de colesterol alto.
Cada um dos novos genes descobertos aumenta a probabilidade de se vir a ter determinada doença, porém, os cientistas sublinham a importância de outros factores, como o estilo de vida.
Os cientistas estão também a tentar identificar genes no ADN humano responsáveis pelo aumento do risco de doenças como a tuberculose, cancro da mama e esclerose múltipla.


terça-feira, junho 05, 2007

Sapo fluorescente e 23 outras espécies são achadas no Suriname

Um sapo fluorescente de cor púrpura é uma das 24 novas espécies descobertas nos planaltos do Suriname contudo, são criaturas ameaçadas pelo garimpo ilegal.
A descoberta de tantas espécies fora classe dos insectos é extraordinária e aponta a necessidade de pesquisas em regiões distantes, uma vez que se encontrou muitas novas espécies de sapos e peixes também.
O sapo de duas tonalidades tem a pele coberta por traços fluorescentes numa cor púrpura-azulada, sobre um fundo na cor de berinjela. Foram, inclusive, encontradas, no mesmo local, quatro outras novas espécies de sapo, além do descrito acima, seis espécies de peixe, 12 besouros coprófagos e uma nova espécie de formiga.
Foram também encontradas 27 espécies nativa do Escudo das Guianas, que abrange Suriname, Guiana, Guiana Francesa e o norte do Brasil. Um deles era o raro peixe-gado com carapaça, que os ambientalistas temiam já estar extinto devido à contaminação provocada por garimpeiros num riacho onde a espécie havia sido vista pela última vez, há 50 anos.
Incluindo as novas espécies, os cientistas observaram 467 espécies, indo de grandes felinos, como panteras e pumas, até macacos, répteis, morcegos e insectos.


domingo, junho 03, 2007

A exploração dos recursos minerais em Portugal

A exploração dos recursos mineralógicos num qualquer território, pressupondo a sua existência, depende da tecnologia disponível, das facilidades de transporte, das possibilidades financeiras e da visão desenvolvimentista prevalecente no momento. O seu carácter não renovável, o impacte ecológico provocado pela sua extracção, a concorrência de outros locais com jazidas mais ricas e/ou de maior facilidade de operação, a instabilidade das cotações nos mercados internacionais, são factores de peso no aparecimento de obstáculos temporais à exploração destas riquezas.O recenseamento de recursos mineralógicos em Portugal revela uma grande dispersão, quanto à sua existência e variedade.A extracção de minérios metálicos vem de longínquos tempos; sabe-se, por exemplo, que os romanos exploraram, entre outras, algumas jazidas de ouro; mas actualmente o seu significado não é relevante. A actividade nas jazidas de minerais energéticos é muito antiga; mas o carvão que se extraía esteve sempre longe de ser, pela quantidade e qualidade, competitivo com outras jazidas, mesmo europeias. A produção máxima, em pouco ultrapassando as 600 000t/ano ocorreu em 1959, acompanhando um surto industrial que então se verificava e, embora as reservas tenham sido avaliadas em mais de 80 milhões de toneladas, pelos anos 90 do século passado já laborava uma só mina (Pejão), com uma produção da ordem das 200 000t/ano, actualmente encerrada. Portugal, com reservas de urânio relativamente importantes, em particular no centro interior, e destaque para as áreas de Viseu e Portalegre, foi um dos primeiros países a explorá-lo, logo após a sua descoberta nas jazidas da Urgeiriça, em 1907, embora o fizesse para extracção de rádio e o urânio fosse rejeitado como ganga. Só com o advento da II Guerra Mundial se dá valor a este recurso, matéria-prima para a energia nuclear, actualmente produzida por fissão dos seus átomos; a sua exploração, a princípio descontrolada, passou a ser, a partir de 1962, dirigida pelo Estado. Entretanto a exploração na Urgeiriça terminou, em sequência do encerramento da empresa em finais de 1993.Os minerais ferrosos, indispensáveis para diversas indústrias metalúrgicas e metalomecânicas, apresentam reservas consideráveis, nomeadamente em Moncorvo, Marvão, Cercal do Alentejo e na área de Cuba-Vidigueira; mas, mais uma vez, a qualidade pouco satisfatória torna a sua exploração de pouco interesse. Dos minerais não ferrosos mais importantes, como cobre, tungsténio, estanho e até ouro, só a exploração de pirites no Sul do País, para indústrias químicas, resistiu até aos nossos dias mas, mesmo assim, até a mina de Neves Corvo, uma das principais, já esteve fechada.Restam como actividades extractivas de sucesso, a exploração de rochas industriais e ornamentais principalmente ligadas à construção civil – granitos, xistos, calcários – que ganharam fama no estrangeiro e contribuem para melhorar o valor das exportações. O Alentejo é o maior produtor de rochas ornamentais, principalmente mármores e granitos. As águas minerais têm boas potencialidades de desenvolvimento, dada a riqueza e variedade de recursos, utilizadas nas estâncias termais e na alimentação, evidenciando-se o Norte e o Centro do Continente onde se registam perto de três quartos dos recursos hidrominerais.Apesar de uma base diversificada, a exploração de recursos mineralógicos tem um interesse económico
limitado, o mesmo acontecendo em relação ao valor estratégico, aqui, à excepção do urânio.


sábado, junho 02, 2007

Exploração dos recursos minerais

Eis algumas das explorações de recursos minerais em Portugal. Nelas é possivel ver não só a area envolvente mas também os escombros resultantes dessa mesma exploração...




Exploração de mármores em Borba...





Mina de sal-gema de Campina de Cima - Loulé...

Os pneus já não são procupação!!

O país produz anualmente cerca de 75 mil toneladas de resíduos de pneus. Até há poucos anos, os pneus usados representavam um dos grandes problemas ambientais do país, uma vez que eram abandonados ou queimados a céu aberto.Muitos pneus podem fazer parte do pavimento rodoviário numa mistura betuminosa que aproveita pneus em fim de vida.
Desde 1999, foram pavimentados mais de 300 quilómetros de estradas do País com betume que tem granulado feito a partir de 900 mil pneus usados. Este facto não tem vantagens só a nível ambiental,mas também as técnicas, de segurança, durabilidade e conforto, nomeadamente diminuição do ruído são vantagens destes pneusO granulado de borracha usado no betume é como que “reutilizado” na Recipneu onde, só no ano passado, foram recicladas 25 mil toneladas. A cada seis segundos, é processado um pneu. A tecnologia instalada utiliza um processo importado dos Estados Unidos, denominado processo criogénico. Os pneus passam pela moagem para ficarem em pedaços mais pequenos e entram depois num túnel com uma temperatura de cerca de 80 graus negativos. No final do processo, obtêm-se dois tipos de granulado. O mais fino é utilizado para fabricar o betume usado nas estradas; o granulado um pouco maior serve por exemplo para encher os campos desportivos de relva sintética. Noventa e cinco por cento deste produto são exportados para a Europa, África, Médio Oriente e Ásia. Até há poucos anos, os pneus em fim de vida constituíam um dos grandes problemas ambientais do País, com milhares de toneladas destes resíduos abandonadas à beira das estradas ou queimadas a céu aberto. Desde 2003, quando compramos um pneu, pagamos um valor que financia o sistema de recolha e de encaminhamento adequado. No caso dos pneus para automóveis ligeiros são 80 cêntimos a somar ao preço do pneu. A Valorpneu é a entidade que gere o sistema de recolha e destino final dos pneus usados. O objectivo recolher 95% dos pneus usados, recauchutar pelo menos 30% e valorizar o restante, sobretudo através da reciclagem, mas também através da valorização energética na indústria cimenteira.


Fonte:sic.sapo.pt/online/blogs/terraalerta?month=052007#Pneus%20usados