Os mergulhadores exploraram uma área ao largo de uma península da mesma ilha e que, pela sua forma é conhecida como Cabeça de Pássaro. Aí, no coração do Triângulo de Coral, descobriram uma enorme diversidade de peixes e recifes de coral. Segundo o director, Mark Erdmann, muitas das zonas alvo de estudo, que têm o tamanho de dois campos de futebol, albergam mais de 250 espécies de recifes de coral cada uma, o quádruplo das que existem em todo o mar das Caraíbas. A biodiversidade encontrada nestas águas foi também considerada mais rica do que a existente na Grande Barreira de Coral perto da Austrália.
A maravilha agora revelada inclui também 1200 espécies de peixes, algumas delas desconhecidas até ao presente.
Entre outros, foi encontrado um tipo de bodião distinto dos já conhecidos (entre outras coisas passa de uma cor acastanhada para tons amarelos e azuis quando quer impressionar as fêmeas para acasalar) e um pequeno tubarão, para além da identificação de oito novas qualidades de camarão.
A explicação para tanta riqueza da fauna nestas águas poderá estar nas constantes modificações do fundo marinho ao longo dos milénios desta zona do planeta, sujeita a constantes modificações devido à acção sísmica e vulcânica. Isto terá permitido a criação de pequenos mundos isolados e uma evolução distinta de algumas espécies.
Contudo, e apesar desta descoberta ainda ser recente, estas espécies já se encontram ameaçadas não só pela pesca mas também pelo facto da actividade mineira e da desflorestação que se adivinham e que acabariam por influir na qualidade das águas e, inclusive, pelo uso crescente de explosivos e de cianido nas actividades de pesqueira.
Esta expedição permitiu a descoberta de novos corais como este Astreopora...
...e este Meiacanthus sp
Fonte: www.jn.sapo.pt
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