quarta-feira, janeiro 24, 2007

AQUECIMENTO PODE PROVOCAR "EXPLOSÃO EVOLUTIVA"

Ervas de crescimento acelerado evoluíram nas últimas gerações para se adaptarem às alterações climáticas, o que pode sinalizar o início de uma "explosão evolutiva" em reacção ao aquecimento global.
Isso significa que essas ervas devem estar envolvidas em tentativas de desenvolver plantas que possam se adaptar ao aquecimento o que implicará que algumas espécies mais antigas (como a sequóia da Califórnia, que vive à centenas de anos) não terão capacidade de se adaptarem tão rapidamente. A erva, conhecida como mostarda do campo, mostrou a capacidade de mudar seus padrões reprodutivos em apenas sete anos.
Um grupo de cientistas cultivaram numa estufa dois conjuntos de sementes, um recolhido em 1997, pouco antes de uma seca de cinco anos, e outro de 2004, após o fim da seca. Cada conjunto foi cultivado com diferentes quantidades de água.
Em todos os casos, a geração de plantas do pós-seca floresceu antes, implicando que as plantas podiam produzir sementes antes de o solo secar. Weis, um dos cientistas, calculou que isso significava uma aceleração de 16 por cento no ciclo vital das mostardas ao longo de sete gerações, uma mudança que ele considera "bastante grande".
Weis comanda um projecto para recolher, secar e congelar sementes de toda a América do Norte, de modo que possam ser estudadas dentro de 50 anos. Ele acha que o aquecimento global provocará muitas mudanças evolutivas e que os cientistas vão querer ter amostras das plantas anteriores às mudanças para compará-las.
"Se o aquecimento global estiver vindo, e está, temos esse enorme experimento não-planeado sobre biologia evolutiva diante de nós", disse Weis. "A mudança climática pode levar a uma explosão evolutiva. Isso dá aos cientistas uma oportunidade sem precedentes de olhar para o arroz-com-feijão da mudança evolutiva."


sábado, janeiro 20, 2007

NOVAS ESPÉCIES APARECEM

DEZ NOVAS ESPÉCIES DE PEIXE SÃO ACHADAS EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
Um grupo de cientistas descobriu dez espécies de peixes até agora desconhecidas no pequeno arquipélago de São Tomé e Príncipe, em frente à costa da África ocidental. A equipa de cientistas observou, também, 50 espécies de peixes que até agora não haviam sido vistas na região.Segundo um cientista estas descobertas não vão ficar por aqui visto que, sendo águas tropicais situado sobre o Equador, e de esperar que novas espécies apareçam.
SUBESPÉCIE DE PAPAGAIO REAPARECE APÓS 130 ANOS NA AUSTRÁLIA
O cientista e documentalista australiano John Young conseguiu localizar uma colónia de papagaios-
do-figo-de-cara-azul, uma ave que não era vista na Austrália há 130 anos.

O grupo detectado por Young é uma subespécie pertencente ao género "Psittaculirostris", redescoberto há dias.

CIENTISTAS ACHAM MAIS DE 50 NOVAS ESPÉCIES NO MAR DA NOVA GUINÉ
No dia 18 de Janeiro foi anunciado a descoberta de mais de 50 novas espécies de animais marinhos, entre peixes, corais e crustáceos. A diversidade de vida nas águas da região conhecida como Cabeça de Pássaro levou a equipe a classificá-la como o ambiente marinho mais rico do planeta.
A conta de novas espécies engloba, por enquanto, 26 novos peixes, 20 novos tipos de coral e oito novos camarões-estalo - crustáceos esquisitos e ferozes que parecem uma mistura de camarão com louva-deus, capazes de cortar vidro de aquário com suas pinças. Mais impressionante ainda, porém, é a biodiversidade total do lugar: são mais de 1.200 espécies de peixe e 600 de corais construtores de recifes (o equivalente a 75% do total mundial).
A região parece funcionar como uma verdadeira fábrica de diversidade de vida. Possui grande variedade de ambientes, de mangues a recifes oceânicos, e está sujeita a grande actividade vulcânica. Assim, vários pedaços da Cabeça de Pássaro ficaram isolados, formando lagoas marinhas, ao longo de milhões de anos, e depois voltaram a ter contado com o mar. Assim, novas espécies surgiam por causa desse isolamento, podendo, mais tarde, sair lá.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Duas espécies de répteis foram descobertas no Brasil

Duas novas espécies de répteis foram reconhecidas por cientistas brasileiros - o
Stenocercus squarrosus e Stenocercus quinarius

Estes dois lagartos que parecem dragões em miniatura têm, no máximo, 14 centímetros de comprimento, parecendo, inclusive, com animais pré-históricos. A cabeça é triangular e tem quatro pequenas protuberâncias que lembram chifres. Eles vivem em troncos de árvores e em tocas feitas por outros bichos. Usam a coloração discreta como forma de camuflagem no ambiente natural, escapando dos predadores. Os novos répteis foram encontrados em regiões do Cerrado e da Caatinga. O habitat do Stenocercus quinarius é o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, entre Minas Gerais e Bahia, uma área de preservação. No entanto, a situação dos exemplares que estão fora da unidade não é favorável, devido à perda de vegetação nativa.A situação do Stenocercus squarrosus é um pouco diferente. Ele foi localizado pelo no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí, uma região que poderá ter sua área de preservação aumentada em breve.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Cientistas descobriram novas espécies

Corais com um bom ritmo de crescimento e peixes até agora não referenciados fazem parte do cenário descoberto por uma equipa da Conservation International nos mares que banham a Papua ocidental, pertencente à Indonésia.
Os mergulhadores exploraram uma área ao largo de uma península da mesma ilha e que, pela sua forma é conhecida como Cabeça de Pássaro. Aí, no coração do Triângulo de Coral, descobriram uma enorme diversidade de peixes e recifes de coral. Segundo o director, Mark Erdmann, muitas das zonas alvo de estudo, que têm o tamanho de dois campos de futebol, albergam mais de 250 espécies de recifes de coral cada uma, o quádruplo das que existem em todo o mar das Caraíbas. A biodiversidade encontrada nestas águas foi também considerada mais rica do que a existente na Grande Barreira de Coral perto da Austrália.
A maravilha agora revelada inclui também 1200 espécies de peixes, algumas delas desconhecidas até ao presente.
Entre outros, foi encontrado um tipo de bodião distinto dos já conhecidos (entre outras coisas passa de uma cor acastanhada para tons amarelos e azuis quando quer impressionar as fêmeas para acasalar) e um pequeno tubarão, para além da identificação de oito novas qualidades de camarão.
A explicação para tanta riqueza da fauna nestas águas poderá estar nas constantes modificações do fundo marinho ao longo dos milénios desta zona do planeta, sujeita a constantes modificações devido à acção sísmica e vulcânica. Isto terá permitido a criação de pequenos mundos isolados e uma evolução distinta de algumas espécies.
Contudo, e apesar desta descoberta ainda ser recente, estas espécies já se encontram ameaçadas não só pela pesca mas também pelo facto da actividade mineira e da desflorestação que se adivinham e que acabariam por influir na qualidade das águas e, inclusive, pelo uso crescente de explosivos e de cianido nas actividades de pesqueira.




Esta expedição permitiu a descoberta de novos corais como este Astreopora...






...e este Meiacanthus sp



quarta-feira, janeiro 03, 2007

Mecanismos de evolução

No século XIX, Jean-Baptiste de Lamarck desenvolveu uma teoria da evolução. Este afirmava que as influencias do meio induz o aparecimento de alterações nos organismos, que são herdadas pelos seus descendentes. Assim o pescoço das girafas

cresceu porque elas o esticavam para chegar aos alimentos, pelo que os seus descendentes nasceram já com ele mais comprido. Contudo sabe-se que os caracteres adquiridos não são transmitidos à descendência.

Depois de Lamarck, Charles Darwin enunciou a sua teoria sobre a evolução. Segundo ele, os indivíduos de uma mesma espécie não são iguais, mas apresentam pequenas variações nas suas características. Entre eles tem lugar uma luta pela existência em que sobrevivem os que apresentam variações mais vantajosas: é o que se conhece como selecção natural dos indivíduos aptos.

Embora a teoria de Darwin esteja correcta nas suas linhas gerais, os cientistas puseram há muita a questão de qual seria a causa da variabilidade das espécies. O Neodarwinismo responde a esta pergunta, afirmando que a variabilidade genética das populações apresenta duas causas principais: o aparecimento de fenómenos ao acaso, como as mutações e a recombinação genética. Assim, a selecção natural escolhe os indivíduos com variações mais favoráveis, o que faz com que estes tenham maior descendência. Um dos exemplos é as borboletas Biston betularia. Estas, eram inicialmente claras mas, por mutação, apareceu uma escura, que os pássaros conseguiam ver melhor sobre as cascas das árvores, o que a tornava presa fácil. Mas, ao escurecer as cascas das árvores e devido à poluição industrial, passaram a ser as formas claras a tornar-se mais evidentes e a servir de alimento aos pássaros. Estes fizeram, assim, uma selecção da forma escura, que acabou por substituir a clara.

Fonte:Activa e multimédia-enciclopedia de consulta-Ciências da Natureza

Provas da evolução

Sabe-se que actualmente há cerca de dois milhões de espécies de organismos vivos sobre a Terra, sendo que estes organismos não são os mesmos que havia, por exemplo, aquando da origem da Terra; desde lá até então muitas espécies extinguiram-se, outras foram sofrendo profundas modificações até serem o que são hoje.

Até princípios do século XVIII aceitava-se o fixismo que considerava que os seres vivos eram invariáveis ao longo do tempo. Contudo, um século depois, Georges Cuvier defendeu a ideia de que os fósseis correspondiam a organismos extintos e que a Terra tinha sido povoada por toda uma série de plantas e animais diferentes dos actuais logo, contrariava o fixismo.


Assim sendo, os fósseis foram a melhor prova da evolução. Actualmente há uma grande infinidade de fósseis onde se verifica alterações anatómicas progressivas entre as formas primitivas e as actuais. As formas intermédias entre uma espécie e outra, os elos perdidos, fornecem muita informação sobre os mecanismos da evolução. É o caso do Archaeopteryx litographica, organismo fóssil em que se observam características de ave e de réptil (a presença de dentes e de maxilares, a cauda longa e os três dedos livres com unhas encurvadas nas extremidades são algumas das características reptilianas ao mesmo tempo que a plumagem é típica das aves), considerado como prova de que as aves descendem dos répteis.










O estudo comparativo da estrutura anatómica de diferentes seres vivos ajuda, também, a compreender os mecanismos da evolução. O facto de os membros anteriores do homem, rã ou do golfinho terem a mesma estrutura óssea permite pensar que todos tiveram um antepassado comum.

Mas, também as etapas do desenvolvimento embrionário de muitas espécies apresentam grandes semelhanças entre si, sendo que estas não se verificam quando o animal é adulto. Por exemplo, as fendas branquiais dos peixes também se verificam nos girinos, mas não na rã adulta. Repteis, aves e mamíferos não apresentam estas fendas no estado adulto, mas sim na fase embrionária, ou seja, é como se todos os vertebrados passassem por uma fase de peixe no seu desenvolvimento embrionário, constituindo assim outro argumento a favor da existência de antepassados comuns.

Fonte:Activa e multimédia-enciclopedia de consulta-Ciências da Natureza