domingo, abril 22, 2007

Rocha sedimentar

As rochas sedimentares são um dos três principais grupos de rochas (os outros dois sendo as rochas magmáticas e as metamórficas) e formam-se por três processos principais:
--pela deposição (sedimentação) das partículas originadas pela erosão de outras rochas (conhecidas como rochas sedimentares clásticas);
--pela deposição dos materiais de origem biogénica; e
--pela precipitação de substâncias em solução.

As rochas sedimentares podem ser divididos em
.Clásticas
.Orgânicas
.Químicas

quarta-feira, abril 18, 2007

Rochas metamórficas são formadas por transformações físicas e químicas sofridas por outras rochas, quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra, num processo denominado metamorfismo.
As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde a rocha se formou. Nestes ambientes, os minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, estáveis nas condições vigentes. Não apenas as rochas sedimentares ou ígneas podem sofrer metamorfismo, as próprias rochas metamórficas também podem, gerando uma nova rocha metamorfizada com diferente composição química e/ou física da rocha inicial.
Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as condições físicas em que ocorreu o metamorfismo. O estudo das rochas metamórficas permite a identificação de grandes eventos geotectónicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da atual configuração dos continentes.
As cadeias de montanhas (ex. Andes, Alpes, Himalaias) são grandes enrugamentos da crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectónicas. As elevadas pressões e temperaturas existentes no interior das cadeias de montanhas são o principal mecanismo formador de rochas metamórficas. O metamorfismo pode ocorrer também ao longo de planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão) ou nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à dissipação de calor (alta temperatura).

Características do Metamorfismo

Minerais deformados e alinhados exemplo: mármore,quartzto e ardosia
Embora não nos seja possível assistir à génese de rochas metamórficas, visto ocorrer a grandes profundidades, conseguimos facilmente através de variados estudos concluir que a temperatura e a pressão são os principais factores de metamorfismo. No entanto estes dois factores encontram-se intimamente ligados a outras condicionantes como é o caso dos fluidos de circulação, a intensidade de aquecimento e o tempo durante o qual a rocha se encontra submetida a esses factores.
Desta forma ocorre o metamorfismo, ou seja, as rochas apesar de se manterem no estado sólido sofrem alterações um pouco profundas que incluem modificações tanto a nível químico como a nível estrutural. A rocha sofre ainda alterações na textura. Todos estes agentes actuam em conjunto apesar de existirem diferentes ambientes metamórficos. O metamorfismo pode ser baixo, médio e de alto grau. De seguida falaremos acerca de cada um dos agentes do metamorfismo.
Temperatura
A temperatura aumenta com a profundidade, mas para além disso quando ocorre uma intrusão magmática, o calor vai sobreaquecer as rochas encaixantes, calor proveniente desse magma. Assim as rochas ficarão submetidas a temperaturas que provocarão diversas alterações, embora essas temperaturas não sejam suficientes para fundir as rochas.
Pressão
Como o processo designado por metamorfismo que ocorre no interior da terra, as rochas encontram-se a diferentes profundidades, e, desta forma, sujeitas a pressões variadas. A maior parte das pressões são devidas ao peso das camadas superiores designando-se por isso pressões litostáticas. Estas pressões podem-se sentir facilmente a profundidades relativamente pequenas. Existem ainda outras pressões orientadas que se relacionam diretamente com compressões provenientes dos movimentos laterais das placas litosféricas.
Fluidos de circulação
Nos intervalos das rochas predominam diversos fluidos quer no estado gasoso quer no estado líquido, de acordo com as diferentes condições de pressão e temperatura. A água é um dos fluidos mais importantes que transporta várias substâncias em solução, e, para além de ser dissolvente de quase todas as substâncias, este fluído provoca diversas reações químicas. Pode ocorrer, ainda, a migração de materiais, através da água, que irão contribuir, assim, para alterações químicas e até mesmo mineralógicas. As reacções metamórficas serão assim muito lentas devido ao baixo volume de fluidos intersticiais. Com o aumento, quer da temperatura quer da pressão, os intervalos da rocha vão diminuindo consequentemente e os fluidos serão lentamente expulsos. Assim, os minerais hidratados, como é o caso dos minerais de argila tornam-se mais instáveis e com a perda de água transformam-se normalmente em minerais anidros, como é o caso de feldspatos e piroxénos. Devido a esta condicionante, as rochas de alto grau de metamorfismo abrangem muito poucos minerais hidratados, sendo estes muito mais frequentes nas rochas de baixo metamorfismo. A água influencia ainda o ponto de fusão dos materiais, podendo assim ocorrer fusão a temperaturas muito mais baixas do que as indispensáveis em ambientes meio secos.
Tempo
O tempo é um fator bastante importante para a formação deste tipo de rochas. Não se pode dizer exatamente quanto tempo demora uma rocha metamórfica a formar-se para diversas condições de temperatura e de pressão. Contudo diversas experiências laboratoriais mostram que a altas pressões e a altas temperaturas, durante um período de tempo de alguns milhares ou mesmo milhões de anos, se produzem cristais de dimensões elevadas.


Rocha magmática

Rocha ígnea, magmática ou eruptiva é a que resultou da consolidação devida a resfriamento de magma derretido ou parcialmente derretido. O processo de solidificação é complexo e nele podem distinguir-se a fase ortomagmática, a fase pegmatítica-pneumatolítica e a fase hidrotermal. Estas rochas são compostas de feldspato, quartzo, piroxênios e anfibolitos, micas e minerais acessórios. Ocupam cerca de 25% da superfície terrestre e 90% do volume terrestre, devido ao processo de génese.
O magma, ao solidificar-se, dependendo das condições - principalmente da pressão e temperatura - pode originar uma grande variedade de rochas, que se dividem em três grandes grupos:
--rochas ígneas plutónicas, intrusivas ou abissais (figura de um Diorito, uma rocha ígnea intrusiva)
São formadas a partir do resfriamento do magma no interior da crosta, nas partes profundas da litosfera, sem contacto com a superfície. Elas só apareceram à superfície depois de removido o material sedimentar ou metamórfico que a recobria. Em geral, o resfriamento é lento e ocorre a cristalização de todos os seus minerais. Normalmente as rochas plutónicas ou intrusivas apresentam uma estrutura maciça. A sua estrutura mais corrente é granular, isto é, os minerais apresentam-se equidimensionais ligados entre si. A classificação detalhada das rochas magmáticas requer um estudo microscópico da mesma. Em linhas gerais, podem considerar-se as seguintes famílias de rochas magmáticas, entre as quais existe toda uma série de rochas intermédias:

Família do granito: o granito é uma mistura de quartzo, feldspato e micas, além de outros minerais, que se podem encontrar em menores proporções e que recebem a denominação de acessórios. Estes podem ser turmalinas, plagioclases, topázio, e outros mais. O granito é uma rocha ácida e pouco densa que aparece abundantemente em grandes massas, formando regiões inteiras ou as zonas centrais de muitos acidentes montanhosos. O equivalente vulcânico do granito é o riolito;
Família do sienito: tem como minerais essenciais os feldspatos alcalinos, especialmente a ortoclase, aos quais se associa a hornblenda, a augite e a biotite. Não apresentam nem moscovite nem quartzo. São rochas neutras. O equivalente vulcânico do sienito é o traquito;

Família do diorito: tem como minerais essenciais os feldsfatos calcossódicos ácidos - oligoclase e andesina. A estes associam-se, em geral, a hornblenda, a augite e a biotite. O equivalente vulcânico do diorito é o andesito.
Família do gabro: são rochas escuras, verdes ou negras, bastante densas e sem quartzo, pelo que são rochas básicas. Os seus minerais essenciais são os feldsfatos básicos - labradorite e anortite -, acompanhados, geralmente, por diálage, biotite, augite e olivina. O equivalente vulcânico do gabro é o basalto;
Família do peridotito: são rochas constituídas por anfíbolas e piroxenas e, sobretudo, por olivina. São rochas ultrabásicas muito densas e escuras. O magma que as originou formou-se em grande profundidade, muitas vezes na parte superior do manto. Os peridotitos são rochas muito alteráveis por efeito dos agentes meteóricos, transformando-se em serpentinitos, que são utilizados como pedras ornamentais, muito apreciada pela sua cor verde escura.

--rochas ígneas vulcânicas, extrusivas ou efusivas (figura de um Basalto, uma rocha ígnea extrusiva)
São formadas a partir do resfriamento do material expelido pelas erupções vulcânicas actuais ou antigas. A consolidação do magma, então, acontece na superfície da crosta ou próximo a ela. O resfriamento é rápido, o que faz a que estas rochas, por vezes, apresentem material vítreo. Essas rochas têm textura microlítica ou vidrosa (vítrea). Há uma grande diversidade de rochas vulcânicas que se agrupam em alguns tipos gerais: siólitos, traquitos, andesitos e basaltos, entre os quais existe uma série de rochas intermédias, do mesmo modo que nas rochas plutónicas;
--rochas filonianas ou hipoabissais
São as rochas que alguns autores consideram, de certo modo, fazer a transição entre as rochas vulcânicas e as rochas plutónicas. Sem atingir a superfície, aproximam-se muito dela e podem preencher as fissuras da crosta terrestre. Umas formam-se por resfriamento do magma numa fissura, outras formam o recheio das fissuras e farturas, devido à presença de soluções hidrotermais (de águas térmicas) que aí precitam os minerais. Todas as rochas filonianas se encontram em relação direta com o magma, isto é, com rochas intrusivas. São exemplo de rochas filonianas os aplitos, os pegmatitos e os lamprófiros.

Rocha

Rocha (ou popularmente pedra) é um agregado natural composto de alguns minerais ou de um único mineral, podendo ou não conter vidro (o vidro não é considerado um mineral). Para além disso, para ser considerada como uma rocha esse agregado tem que ter representatividade à escala cartográfica (ter volume suficiente) e ocorrer repetidamente no espaço e no tempo, ou seja o fenômeno geológico que forma a rocha ser suficientemente importante na história geológica para se dizer que faz parte da dinâmica da Terra.
As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação. Pelas suas origens ou maneiras como foram formadas, as rochas são classificadas como magmáticas, sedimentares e rochas metamórficas. As rochas magmaticas foram formadas de magma, as sedimentares pela deposição de sedimentos e posterior compressão destes, e as rochas metamórficas por qualquer uma das primeiras duas categorias e posteriormente modificadas pelos efeitos de temperatura e pressão. Nos casos onde o material orgânico deixa uma impressão na rocha, o resultado é conhecido como fóssil.

DNA “enxuto” deu asas a dinos, diz estudo

Pesquisadores americanos e britânicos estimaram o tamanho do genoma (o conjunto do DNA) dos dinossauros. Não contentes com isso, ainda afirmam que o dado pode revelar como os “lagartões” ganharam sangue quente e, mais tarde, deram origem às aves. Segundo eles, um dos segredos pode ter sido um genoma "enxuto", que preparou o organismo dos animais para funcionar no ritmo necessário para alçar voo.
Um grupo de cientistas usou um truque simples e engenhoso para estimar a quantidade de DNA nas células de 31 espécies de dinos. Eles simplesmente disposeram os ossos fossilizados e mediram o diâmetro de pequenos buracos neles, os quais, em vida, eram ocupados pelas células ósseas.
Acontece que há uma correlação entre tamanho de célula e tamanho de genoma, já verificada em espécies actuais de vertebrados: quanto maior a célula, maior a quantidade de DNA. Usando métodos estatísticos baseados nesses dados de bichos modernos, os pesquisadores conseguiram fazer uma hierarquia dos "gen
omas reconstruídos" de dinos.
E não é que um padrão no mínimo curioso emergiu dos dados? Há uma diferença clara entre todos os dinos terópodes (os carnívoros que deram origem às aves) e os ornitísquios (herbívoros como o chifrudo Triceratops, que lembra um rinoceronte, ou os hadrossauros, com seus bicos de pato). Os terópodes teriam genomas com média de 1,78 bilhão de pares de "letras" de DNA -- pouco mais que a metade do tamanho do genoma humano -- enquanto os ornitísquios teriam quase 2,5 biliões de pares de "letras" em seu DNA.
O mais interessante é que o genoma “enxuto” parece estar presente desde a origem dos terópodes e, talvez, de todos os dinos. O bicho conhecido como Herrerasaurus pode ser tanto o primeiro terópode quanto um dos primeiros dinos -- e já apresentaria DNA "resumido".

Do calor ao vôo
Organ um dos cientistas, explica que as repercussões desse dado podem ser enormes. "Há evidências de que o tamanho do genoma varia junto com a velocidade do metabolismo”. "Fazer mais DNA caber na célula exige que o núcleo celular e a célula como um todo cresçam também. Isso tem consequências directas para a taxa de divisão celular, a respiração e outros factores ligados à razão entre a superfície e o volume dos tecidos."
Por outras palavras um genoma pequeno permite que as células sejam menores e se dividam mais rápido. Em conjunto, células pequenas e numerosas também têm uma superfície maior do que poucas e grandes células - o que facilita a vida delas na hora de fazer trocas químicas no sangue, por exemplo. Assim, é de esperar que um bicho de organismo "rápido" tenha genomas mais enxutos e mostre características como sangue quente.
Como o voo é uma actividade que exige quantidades enormes de energia, considera-se que um metabolismo rápido e sangue quente foram pré-condição para que alguns dinos se tornassem aves. E, de fato, tanto os genomas das aves modernas quanto os do outro grupo vivo de vertebrados voadores, os morcegos, são "resumidos" se comparados aos de seus parentes mais próximos. O mais curioso é que as aves que não voam mais, como os avestruzes e emas, voltaram a ter DNA grandalhão.


Paleontólogos descobrem uma nova espécie de crocodilo

Um grupo de paleontólogos brasileiros anunciou a descoberta de uma nova espécie de crocodilo, extinto há cerca de 90 milhões de anos. O fóssil da espécie Adamantinasuchus navae, com 50 centímetros de comprimento, do período cretáceo, foi encontrado durante as obras de construção de uma barragem no Brasil. Os investigadores afirmaram: "Essa nova espécie era muito diferente dos crocodilos que conhecemos actualmente, era terrestre e vivia em ambientes secos". A análise morfológica do fóssil permitiu mostrar que se trata de uma nova espécie de crocodilo extinto.
“A grande peculiaridade dele é que se trata de um animal muito pequeno. Lembra muito um cachorro chihuahua”, declarou um dos investigadores. O crânio da criatura tem outras características curiosas: olhos muito grandes em relação ao resto da cabeça e os dentes da frente muito protuberantes. Juntando esses dados com o tamanho reduzido, os pesquisadores estimam que o animal teria hábitos nocturnos –- óptimo motivo para ter olhos grandes –- e comeria pequenos animais, talvez insectos e até carniça. Os dentes talvez facilitassem a tarefa de “fisgar” a presa. São traços pouco comuns entre os crocodilos de hoje.

sábado, abril 14, 2007

Proteínas revelam semelhanças entre aves e dinossauros

Um grupo de investigadores americanos recolheu e sequenciou pequenos fragmentos de colágenio, uma proteína retirada dos ossos de um Tyrannosaurus rex, com 68 milhões de anos. O estudo revela que existem semelhanças entre o colágenio dos dinossauros e o das galinhas
Os sete fragmentos, retirados dos ossos do T-Rex, vêm também alimentar a controvérsia em torno da evolução das aves e dos dinossauros. O principal autor do estudo, John Asara, refere que “algumas pessoas acreditam que as aves evoluíram a partir dos dinossauros, mas apenas se baseiam na arquitectura dos seus ossos”. Apesar de ainda não ter respostas definitivas, o trabalho de Asara vem provar que “as aves e os dinossauros estão relacionados, pois as suas sequências também estão relacionadas”. Asara batalhou, durante um ano e meio, para conseguir sequenciar a proteína do T-Rex, através do uso de um espectrómetro de massa. Os ossos, que passaram muitas vezes despercebidos aos olhos dos investigadores, revelaram interessantes semelhanças.O grupo de investigadores baseou-se na análise da proteína encontrada num osso de um dinossauro de um museu. A amostra de cor acastanhada foi purificada e partida em sete fragmentos. John Asara concluiu que cinco destes fragmentos pertenciam à classe Alpha I, semelhante à sequência encontrada nas galinhas.O estudo dá a conhecer as relações existentes entre as espécies e mostra que é possível obter sequências de animais com cerca de 68 milhões de anos.

Duplicação gene pode ser a principal causa da obesidade

Cientistas britânicos descobriram que a duplicação de um gene é um factor crucial do excesso de peso de muitas pessoas.Segundo os cientistas uma pessoa que tem duas cópias ou alelos do gene, identificado como FTO, possui 70% a mais de hipóteses de obesidade. Pelo contrário, as pessoas com uma só cópia de FTO têm apenas 30% de hipóteses de sofrer com o excesso de peso. Segundo o cientista, a pergunta que muitos se fazem é por que, apesar comer menos e fazer mais exercícios, tendem a engordar com mais rapidez. "Existe, sem dúvidas, um componente na obesidade que é genético", afirma um dos cientistas. No entanto, os cientistas reconhecem que, apesar do descoberta, ainda desconhecem por que algumas pessoas têm duas cópias do gene e outras nenhuma.Os cientistas afirmam que, apesar de suas limitações, as conclusões do estudo são importantes para o combate contra a obesidade e suas consequências."Ao identificar esta vinculação genética, poderá ser possível melhorar nossos conhecimentos dos motivos que levam alguém a ser obeso", afirmou Mark McCarthy, professor da Universidade de Oxford.

sexta-feira, abril 06, 2007

Descoberta chave da diversidade do tamanho dos cães

Uma equipa de cientistas norte-americanos descobriu a chave genética da extrema diversidade do tamanho dos cães ao investigar o cão de água português."A investigação centrou-se inicialmente no cão de água português devido à grande variabilidade de tamanhos existente nessa raça", disse à Lusa o primeiro autor do trabalho, Nathaniel B. Sutter, do Instituto Nacional de Investigação do Genoma Humano em Bethesda (Maryland)."O facto de existirem cães pequenos e grandes numa única raça dá-nos a capacidade genética de encontrar genes, como o IGF1, que contribuem para o tamanho do corpo não só no cão de água português, mas em todas as raças", referiu o cientista.Podendo ser tão pequeno como um brinquedo ou ter um tamanho enorme, o cão doméstico (Canis familiaris) é o animal com maior variabilidade de tamanho dentro dos mamíferos.Nathaniel Sutter e os seus colegas descobriram que todos os cães pequenos partilham uma sequência específica de ADN (ácido desoxirribonucleico) que inclui o gene codificador do factor 1 de crescimento do tipo da insulina (IGF1). Este gene está implicado no tamanho do corpo noutros organismos, entre os quais os ratinhos e os humanos.O estudo começou pelo cão de água português devido à variedade de tamanhos de esqueleto que pode apresentar, mas envolveu depois análises de ADN de mais de 3.000 cães de 143 raças – refere o artigo publicado na Science.Segundo os cientistas, séculos de criação humana de cães terão facilitado a rápida descoberta do gene IGF1, o que constitui um bom augúrio para futuros esforços no sentido de identificar genes que contribuem para outras peculiaridades complexas dos cães, como o seu comportamento e doenças.

quarta-feira, abril 04, 2007

Cientistas criam válvula cardíaca

Uma equipa médica britânica criou uma válvula cardíaca a partir de células estaminais, como parte de um projecto para produzir todo um coração humano.
A equipa de investigadores - dirigida por Sir Magdi Yacoub, professor de Cardiologia no Imperial College de Londres - cultivou no Harefield Hospital de Londres células estaminais extraídas da medula óssea para se diferenciarem e darem origem a tecido que funciona como uma válvula no coração humano. Em declarações ao jornal, Yacoub refere que a perspectiva de criar um coração humano a partir de células estaminais não é utópica. "É um projecto ambicioso, mas não é impossível”. E acrescentou: "Se me perguntarem quando será isso possível, direi dez anos. Mas a experiência mostrou que os progressos permitem hoje avanços muito mais rápidos. Não ficaria surpreendido se isso acontecesse muito mais rapidamente do que se pensa".